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TEMPO SECO

Baixa umidade do ar compromete a saúde e exige cuidados diários

REINALDO SILVA / Da Redação

A persistente baixa umidade relativa do ar tem efeitos sobre todo o corpo: a pele apresenta rachaduras, a garganta parece arranhar, os olhos ardem, o nariz coça. O ressecamento é resultado da desidratação e exige uma série de cuidados.

A primeira e mais importante dica da médica de clínica geral Michele Ricci Peres é ingerir bastante líquido, preferencialmente água, sucos e chás naturais, água de coco e isotônicos. Em condições normais, o ideal é beber o equivalente a dois litros por dia, porém em períodos de seca pode ser necessário aumentar a quantidade, conforme sinais dados pelo próprio organismo, como a falta de salivação.

Banhos quentes são inimigos da pele saudável, portanto devem ser evitados. O uso de cremes hidrantes ajuda a aliviar as lesões.

Para os olhos, a médica indica a aplicação de lágrimas artificiais, que são como colírios lubrificantes normalmente recomendados por oftalmologistas no tratamento do ressecamento ocular, em decorrência de oscilações do clima ou exposição excessiva a telas (tablet, computador, telefone celular, televisão).

No caso do nariz, o soro fisiológico proporciona hidratação e facilita a limpeza; Michele Ricci Peres sugere o uso de spray, mas jatos de seringa também são eficientes. Já os descongestionantes medicamentosos, somente quando houver prescrição médica.

Recomendação é beber pelo menos dois litros de água por dia. Foto: Ivan Fuquini

Crianças e idosos

Dois grupos tendem a sentir com mais intensidade os efeitos da baixa umidade relativa do ar: crianças e idosos.

No caso do público infantil, a médica de clínica geral pede que pais e professores estimulem a ingestão de líquido. Às vezes as crianças se entretêm com brincadeiras ou outras atividades e deixam de beber água. “Fiquem atentos aos sinais de desidratação”, diz. Podem aparecer como comportamento irritadiço, choro sem lágrimas, afundamento dos olhos e das bochechas e até perda de peso.

Em relação aos idosos, especialmente os que dependem de cuidados de outras pessoas, a desidratação leva a condições semelhantes às das crianças. Uma forma de identificá-la é prestar atenção na frequência da ida ao banheiro: se urinar menos de duas ou três vezes por dia, busque orientação médica.

Outros cuidados

Para quem pratica atividades físicas a céu aberto, a recomendação é evitar os horários mais quentes, dando preferência para o começo da manhã e o fim da tarde. Mais uma vez, o consumo de líquido é essencial.

Para manter ambientes fechados em condições saudáveis, use umidificadores de ar, que devem ser higienizados diariamente. Quem não tem o equipamento pode recorrer a bacias com água e toalhas molhadas.

Prática de atividades físicas: pela manhã ou no fim da tarde. Foto: Ivan Fuquini

Saúde

A médica Michele Ricci Peres atua na Secretaria de Saúde de Paranavaí e conta que nos últimos dias houve aumento no número de pacientes com sintomas de síndromes gripais. Ela explica que o tempo seco facilita a circulação viral, mas não é só isso, o ressecamento das mucosas do corpo humano diminui as barreiras naturais contra diferentes doenças.

As síndromes gripais causam aumento secretivo, dor de garganta, íngua, tosse, dor no corpo e febre, sendo dois ou mais sintomas associados. Secreção com sangue e febre persistente são sinais de alerta, procure assistência médica.

Umidade do ar

Na tarde de ontem, por volta das 16h, o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) registrou índice de 21,1% de umidade relativa do ar. Para esta quarta-feira, a previsão é de valores variando de 14% a 38%. Na quinta-feira, de 14% a 34%. Na sexta-feira, de 16% a 48%.

Conforme a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice ideal para a saúde humana é de 50% a 60%. A variação de 21% a 30% configura estado de atenção. Entre 12% e 20%, estado de alerta. Abaixo de 12%, estado de emergência.

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