Diante dos casos de afogamento em locais fora da área protegida por postos guarda-vidas no Litoral, o Corpo de Bombeiros reforça aos banhistas que entrem na água apenas em locais protegidos. Somente na última semana, três mortes em áreas não protegidas foram registradas pela corporação: duas em Guaratuba e uma em Antonina. Desde o início da temporada do Verão Paraná – Viva a Vida 2021/2022, oito mortes por afogamento foram registradas no Litoral, sendo três em praia, duas em baía, uma em cachoeira e duas em rios.
De acordo com a capitã Keyla Karas, porta-voz do Corpo de Bombeiros, o conhecimento que o banhista possui dos próprios limites é um grande recurso para auxiliar na prevenção a afogamentos. “Sempre recomendamos que a pessoa, antes de se desafiar em locais mais profundos, faça uma avaliação das suas condições. O simples fato de a pessoa ingerir bebida alcoólica antes de entrar no mar já interfere na sua capacidade motora e, consequentemente, na sua chance de se afogar”, explica a capitã.
A porta-voz do Corpo de Bombeiros no Verão Paraná, tenente Ana Paula Inácio de Oliveira Zanlorenzzi, lembra da importância de o banhista utilizar áreas protegidas. “Importante frisar que todos os óbitos ocorridos até o momento, tanto em mar, rio, cachoeira ou baía, aconteceram em locais não protegidos por guarda-vidas, o que mostra a importância da nossa proteção”, enfatiza.
Rios, cachoeiras e baías são bastante procurados por banhistas nesta época de temporada. “No entanto, é importante que ao escolherem estes locais, as pessoas vão acompanhadas, verifiquem as condições do tempo, conversem com pessoas que conhecem a região e evitem os locais sem a proteção do guarda-vida”, pede a tenente.
“Reforçamos que, se o cidadão notar que um afogamento está acontecendo, faça contato imediato com o guarda-vidas mais próximo e deixe que ele tome as providências necessárias”, reforça a capitã. “Se a pessoa resolve, sozinha, tentar salvar a outra, ela também se coloca em risco e pode acabar se afogando também”.
Bandeiras – Nas areias, o Corpo de Bombeiros também mantém visíveis as bandeiras e placas que indicam aos veranistas se o local onde ele está é seguro para banho. A bandeira com as cores vermelho sobre amarelo (as duas cores na mesma bandeira) sinaliza que a área conta com a proteção de guarda-vidas. Já a bandeira preta significa que área não está supervisionada e deve ser evitada pelos banhistas.
Também existem as bandeiras que indicam a condição do mar, sempre próximas aos Postos de Guarda-vidas. A bandeira verde significa que naquele ponto as condições do mar para banho são boas e o risco de incidentes é mínimo; já a bandeira amarela indica que o local possui fatores de risco ao banhista, como ondas mais fortes, correntes e outras condições que podem ocasionar acidentes; a bandeira vermelha aponta que o local não é adequado para banho e, portanto, oferece alto risco de afogamentos.
Casos – Nesta quarta-feira (02), em Antonina, um homem que atravessava a região da baía acabou caindo do barco e submergiu. Os bombeiros foram acionados para fazerem as buscas e o corpo foi localizado no dia seguinte, já sem vida, na região do trapiche da praça Feira Mar.
Em outra situação, na terça-feira (01), um casal que estava na praia de Guaratuba, próximo ao Rio das Cruzes, caiu de um jetski no início da noite. O homem conseguiu voltar à praia, porém a mulher afundou e não retornou. Os bombeiros fizeram buscas nas primeiras horas, mas não a encontraram. Na manhã do dia seguinte, a procura foi retomada e o corpo da vítima, natural de Guaratuba, foi localizado a dois quilômetros do local onde ela havia submergido, também fora da área de proteção dos guarda-vidas.
Outro caso recente aconteceu no sábado (29), em Guaratuba, quando os guarda-vidas foram acionados para o resgate de três pessoas que estavam em situação de afogamento. Mesmo com a chuva, duas das vítimas foram resgatadas sem complicações de saúde e o terceiro não retornou. O corpo da vítima foi localizado próximo ao balneário Caieiras na segunda-feira (31).