Renato Benvindo Frata*
Hoje, 8 de março, o dia lhe pertence. Então, meus parabéns.
Nem vamos relembrar o que a história registrou de ruim e de bom (o bom sempre compensando e se sobrepondo ao ruim) dos fatos e fantasias que ensejaram a que esse dia lhes fosse dedicado – hoje mundialmente (mas há ainda lugares que não o acataram como sendo de vocês, como homenagem).
Mas, não importa.
Sabemos que por muito haverá ainda a deformidade nesse medo horrendo que sente o másculo diante do seu poder inerente, embora saibamos que por força da modernidade e da necessidade, essa relação mulher/homem na sociedade tende a evoluir. Como no caso da carroça atolada em que a guasca aplicada de maneira certa explicará ao burro que jeito conseguirá tirá-la do atoleiro. Ou quase isso.
Há inda muitos desafios, especialmente porque o conceito machista (do homem com a última palavra e como cabeça do casal), mesmo que não tenha resistido às leis, na prática sobrevive enraizado, especialmente em sociedades menos evoluídas como a nossa.
Aqui e em mais de cem países hoje se comemora o Dia Internacional da Mulher, nascido de manifestações em busca da igualdade dos direitos civis, inclusive ao direito ao voto. A luta não é de agora, mas desde 1909 (116 anos) quando em Nova York aconteceu a grande marcha, essa aderida pelas mulheres de Copenhague em 1910 e estendida em 1913 à Rússia em protesto à carestia, desemprego, deterioração social e direitos trabalhistas.
Ganhou mais força com a adesão de outros países do bloco soviético, com o Movimento Socialista, em 1917, e só em1975, entretanto, que o dia 8 de março foi instituído pelas Nações Unidas, o Dia Internacional da Mulher.
Taí um resumo da história, afinal, uma crônica não permite lengalenga. Nem esse mundão apressado onde o tempo vale ouro.
Mas, por falar em tempo, é tempo de cumprimentá-las.
Se não com a rosa (cujo preço está pelo olho da cara) ou com a joia exposta naquela vitrine por você mais que visitada, mas com abraços especiais seguidos de beijos e palavras de carinho.
Abraços que unem corpos a ajustarem batidas dos corações, que transferem entre si as sensações do aconchego, o calor emanado e o mais interessante: os pedidos mútuos de perdão pelas palavras ásperas, quando deveriam ser aveludadas.
Sim, hoje é esse dia, o dia do bem-feito fazendo o bem.
Pra você, pra nós! Tim-tim.