A fase final do plantio da soja, as dificuldades climáticas enfrentadas por várias culturas, entre elas a do milho, da mandioca e da própria soja, e a oscilação nos preços de alguns produtos são abordados no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, referente ao período de 3 a 9 de dezembro. O documento foi preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
As sementes de soja já tomam conta de praticamente toda a extensão de 5,63 milhões de hectares previstos para a safra 2021/22. Mas a preocupação tem sido constante nos últimos anos, em razão do clima seco e quente, e não é diferente agora. A maioria das lavouras (56%) está em fase de desenvolvimento vegetativo, 35% em floração, 9% em frutificação e apenas 1% ainda germina. De acordo com os técnicos do Deral, 83% apresentam boas condições, 15% estão medianas e 2%, ruins.
Milho e mandioca – Os relatórios de campo apontam piora nas condições da primeira safra de milho 21/22. Como em várias outras culturas, o calor intenso durante o dia, temperaturas mais frias à noite, umidade baixa e chuvas irregulares contribuem para a redução na qualidade. No caso do milho, em uma semana caiu de 95% para 90% a condição boa dos 430 mil hectares.
Os produtores de mandioca convivem com a dificuldade de colheita da safra pela falta de chuvas, repetindo a mesma condição do ano passado. O plantio da nova safra já foi finalizado e ocupa área de 128,4 mil hectares. A produção estimada é de 2.290.000 toneladas, a menor das duas últimas décadas.
Bovinocultura e suínos – O documento mostra que os preços do boi gordo pago aos produtores, que caíram no último trimestre, voltaram a reagir. A principal razão é a retração na oferta, reflexo da estiagem que prejudica as pastagens. Também contribui para isso a sinalização de volta das exportações para a China no fim de janeiro de 2022.
Na suinocultura, o registro é do recorde de produção para o trimestre julho/setembro no Paraná. Foram produzidas 269,5 mil toneladas, alta de 9,2% comparado ao mesmo período do ano passado. Até agora, o Estado produziu 767,2 mil toneladas, com previsão de fechar o ano com criação superior a um milhão de toneladas.
Aves Em 2021, as exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 4,198 milhões de toneladas, superando em 9,08% as vendas do mesmo período de 2020. Em receita, o acréscimo foi de 25,3%, atingindo US$ 6,944 bilhões em 11 meses deste ano.