Em 2023, o Brasil bateu recorde de mortes por dengue. Segundo dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), foram contabilizados 1.094 óbitos, o que representa aumento de 3,89% em comparação com o ano anterior.
De acordo com especialistas, o aumento se dá pela circulação de quatro sorotipos diferentes da doença, transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. Isso significa que cada indivíduo pode contrair quatro tipos da dengue e, apesar de ser infectado por um vírus e adquirir imunidade contra ele, ainda restam outros três tipos suscetíveis à infecção.
Juan Carlos Boado, médico e diretor Técnico do Hospital Bom Pastor localizado em Guajará-Mirim (RO), alerta para cuidados redobrados da população a fim de evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue e doenças relacionadas.
“O jeito mais efetivo de prevenir a doença é através do combate ao mosquito. Por isso, é importante eliminar os focos de água parada em caixas d’água, garrafas, pneus, pratos de vasos em jardins, entre outros. Além disso, é preciso limpar frequentemente os quintais nesse período chuvoso, contribuindo para a prevenção de todos”, completa.
Atenção aos sinais de alerta:
- Febre alta com início súbito (39° a 40°);
- Agitação;
- Dor atrás dos olhos;
- Forte dor de cabeça;
- Perda do paladar e apetite;
- Cansaço extremo;
- Náuseas e vômitos persistentes;
- Dor nos ossos e articulações;
- Dor abdominal.
Boado ressalta, ainda, que é importante ficar atento à dengue hemorrágica, tipo mais grave da doença. Parecido com os sintomas clássicos, a diferença é que o doente apresenta sangramentos, principalmente nas gengivas e pele, vômitos persistentes e dor abdominal intensa e contínua.
“Esse tipo de caso pode levar à morte. Por isso, o paciente deve ser levado imediatamente para um hospital de referência, para monitoramento e tratamento clínico especializado”, alerta o médico.