SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com gols de Marta (2), Debinha, Andressa e Bia Zaneratto, a seleção brasileira feminina estreou com vitória sobre a China por 5 a 0 no torneio de futebol da Olimpíada de Tóquio. O jogo foi disputado no estádio Miyagi, um dos poucos que permitem público nos Jogos Olímpicos.
A próxima partida do Brasil será contra a Holanda, no próximo sábado, às 8h. O confronto deve decidir a primeira posição do Grupo F.
Agora, sob o comando da técnica Pia Sundhage, a seleção brasileira conta com 12 vitórias, 5 empates e 2 derrotas. Em Olimpíadas, a treinadora possui um currículo invejável, com duas medalhas de ouro dirigindo os Estados Unidos (Pequim-2008 e Londres-2012) e uma prata pela seleção sueca (Rio-2016).
A seleção feminina, por sua vez, tenta voltar ao pódio olímpico. Nos Jogos do Rio, em casa, o Brasil ficou em quarto lugar, após perder para o Canadá, por 2 a 1, a disputa do bronze.
A seleção brasileira já havia enfrentado as chinesas em Olimpíadas em duas ocasiões. Nos Jogos de Atlanta, em 1996, o Brasil perdeu por 3 a 2 em jogo que valeu vaga na final do torneio. No Rio, cinco anos atrás, as brasileiras venceram por 3 a 0.
No último confronto, em novembro de 2019, na final de torneio amistoso disputado na China, já sob o comando da técnica Pia Sundhage, houve empate em 0 a 0, com vitória das asiáticas nos pênaltis (4 a 2).
O Brasil começou a partida mais incisivo, explorando jogadas pelas extremidades do campo, onde a China, tinha dificuldade de marcar. Em uma jogada pela ponta, logo aos 8min, Bia Zaneratto cruzou da esquerda, Debinha cabeceou no travessão e Marta pegou o rebote de pé esquerdo para abrir o placar.
Na comemoração, a camisa 10 da seleção fez um “T” com os braços para homenagear a noiva Toni Deion Pressley, também jogadora do time americano Orlando Pride.
Foi em uma jogada despretensiosa, que começou pela direita, aos 21min, que saiu o segundo gol. Após boa troca de passes, Bia Zaneratto finalizou forte, a goleira Shimeng deu rebote e Debinha marcou.
Insatisfeito com o desempenho da equipe, armada num 4-2-3-1, o técnico Jia Xiuquan, da China, fez substituição logo no primeiro tempo, tirando a volante Wang Yan e colocando a atacante Wurigumula , buscando deixar o time mais ofensivo. O time só chegou uma vez com perigo, em chute da atacante Miao, defendido por Bárbara.
Na segunda etapa, a China usou a tática de pressionar a saída de bola do Brasil para tentar surpreender a defesa da seleção. O time criou algumas chances de perigo, mas foi a vez de a goleira Bárbara fazer boas defesas e a trave salvar o Brasil em mais de uma oportunidade. Para tentar recuperar a posse de bola no meio-campo, Pia tirou Formiga, que mostrava sinais de cansaço, e colocou Júlia Bianchi.
E num contra-ataque, aos 28 minutos, a seleção fez mais um. Após Bia Zaneratto ser bloqueada em finalização na entrada da área, a bola sobrou para o pé esquerdo de Marta, que tocou no canto da goleira Shimeng, que não conseguiu chegar.
Atordoada em campo, a China ainda cometeu pênalti aos 34, quando Andressa Alves foi derrubada na entrada da área. A própria meia da Roma cobrou a penalidade para marcar mais um.
Já no final do jogo, aos 43 minutos, Debinha roubou bola e cruzou da esquerda para Bia Zaneratto, que marcou o quinto gol e fechou o placar.
CHINA
Peng Shimeng; Luo Guiping, Wang Xiadxue, Li Qingtong e Li Mengwen; Yang Lina, Wang Yan (Wurigumula, aos 32/1ºT), Miao Siwen (Liu Jing, aos 38/2ºT), Wang Shuang e Zhang Xin; Wang Shanshan. Técnico: Jia Xiuquan.
BRASIL
Bárbara; Bruna Benites, Érika, Rafaelle e Tamires; Formiga (Julia, aos 27/2ºT), Andressinha, Duda (Andressa Alves, aos 13/2ºT) e Marta (Ludmila, aos 38/2ºT); Bia Zaneratto e Debinha. Técnica: Pia Sundhage.
Local: Estádio Miyagi, em Miyagi (Japão)
Árbitra: Kateryna Monzul (Ucrânia)
Gols: Marta, aos 8/1ºT (0-1), Debinha, aos 21/1ºT (0-2), Marta, aos 28/2ºT (0-3), Andressa Alves, aos 36/2ºT (0-4), Bia Zaneratto, aos 43/2ºT (0-5)