O WhatsApp é o aplicativo mais utilizado entre os brasileiros – segundo maior público dessa plataforma em todo o mundo
Estudos recentes da Comscore, empresa dos Estados Unidos de análise da internet, apontam que o Brasil é o terceiro país que mais consome redes sociais no mundo – atrás da Índia e Indonésia. O WhatsApp é o aplicativo mais utilizado pelos brasileiros, abaixo apenas da Índia na utilização dessa plataforma, de acordo com números da Mobile Time em 2022.
Dentro desse cenário, as escolas têm enfrentado desafios na hora de se comunicar com as famílias. Grupos de WhatsApp de pais e responsáveis aumentaram e tornaram recorrentes algumas discordâncias na comunidade acadêmica. As educadoras e especialistas na relação escola-família, Taís e Roberta Bento, irão realizar uma palestra no dia 28 de maio, no Teatro Bom Jesus, em Curitiba, para falar sobre como lidar com esse tema em tempos de grupos a partir de fundamentos da neurociência.
A educadora Roberta aponta que é preciso entender quais questões que, de fato, preocupam e geram estresse para os pais, mães, cuidadores responsáveis por crianças e adolescentes nascidos na era digital. “É importante ter esse conhecimento para compreender quais recursos utilizar de forma que não sobrecarregue ainda mais a equipe de gestão na escola, e garantir um maior vínculo com os responsáveis”, conta.
Para entender se a interferência da tecnologia nessa relação será positiva ou negativa é preciso verificar as ações que a escola pode tomar, como por exemplo: criar um grupo sem troca de mensagens; definir regras claras no grupo; pedir sigilo de dados pessoais; não misturar assuntos; e acompanhar a taxa de leitura.
“Para essa palestra nós iremos levar resultados de pesquisas recentes da neurociência cognitiva sobre os desafios que as famílias enfrentam na educação dos filhos, e como acabam por gerar desgaste na saúde mental dos professores e gestores. Não há uma resposta única para os obstáculos que a educação enfrenta. Há caminhos a serem trilhados a partir da formação de novas parcerias, que tornam todos os atores da educação mais fortes”, explica Taís.