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ARTIGO

Brasil: máquina de triturar treinadores

Rafael Octaviano

Estamos vivendo um período de crise existencial entre os treinadores que atuam no futebol brasileiro, e não digo apenas dos tupiniquins, mas todos, inclusive os estrangeiros. A chegada de Jorge Jesus em 2019 ao Flamengo, e Abel Ferreira ao Palmeiras no final de 2020, abriu uma discussão sobre a possível superioridade dos técnicos estrangeiros em relação aos nacionais.

Jorge Jesus elevou o patamar brasileiro ao construir uma equipe que se diferenciava das demais no que diz respeito a organização tática. O Flamengo de 2019, buscava superioridade numérica em todos os setores do campo, vantagem posicional e situacional em setores específicos, executava o perde/pressiona, usava conceitos de bola coberta e descoberta, marcava com superioridade numérica no primeiro terço, tinha uma transição ofensiva vertical, e por aí vai.

Abel Ferreira, com um estilo mais precavido, construía uma marcação com inferioridade numérica no primeiro terço, mas consolidava uma linha de 5 na defesa obtendo sempre superioridade numérica sobre o ataque adversário, aliando a isso, uma transição ofensiva rápida que era mortal. Abel também construiu jogos entre linhas usando potenciais como Dudu, Veiga, e cia.

Se Jorge Jesus foi um meteoro vencendo tudo, Abel está tendo uma passagem mais consolidada, que parece estar chegando ao final. O sucesso desses dois portugueses, porém, não foi acompanhado por outros estrangeiros, que em sua grande maioria, sucumbiram diante do imediatismo do nosso futebol. Só no Flamengo foram: Domenec Torrent, Paulo Sousa, Vitor Pereira, Jorge Sampaoli, que não tiverem sucesso algum com o melhor elenco da América do Sul.

Analisando essa crise existencial, treinadores ortodoxos como: Felipão, Luxemburgo, Tite, Celso Roth, Abel Braga e cia foram expurgados do establishment futebolístico no Brasil por falta de sustentação de bons trabalhos. Last not least, quando o assunto é Seleção Brasileira, a falta de interesse da própria entidade de administração esportiva em obter sucesso já tritura os treinadores por si só, Dorival Junior pode ser o próximo.

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