REINALDO SILVA
Da Redação
Os fios dispostos aleatoriamente simulam fachos de raios lasers e formam um obstáculo a ser vencido. O objetivo é superar a dificuldade rapidamente, sem se enroscar, e chegar ao outro lado do percurso. Maria Alice se prepara e vai. Desvia aqui, se ajeita ali, desenrosca, segue e finaliza. Que divertido!
A menina de 7 anos é aluna da Fundação Bradesco e participa das atividades de fortalecimento de vínculo do Centro de Atendimento Especial à Criança e ao Adolescente de Paranavaí (Cecap). Esta semana, ela visitou o projeto Alegrarte, desenvolvido pelo curso de formação de docentes do Colégio Estadual de Paranavaí (CEP), e vivenciou diferentes brincadeiras criadas ou adaptadas para o tema “Espaço Sideral”.
Aproximadamente 2.000 pessoas passaram pelo Centro de Eventos Armando Trindade Fonseca nos dias 18, 19 e 20, estudantes de escolas públicas e privadas de Paranavaí e região. “É uma oportunidade de estarem em outro local, vivenciarem outras experiências e encontrarem outras crianças”, apontou a coordenadora do curso de formação de docentes do CEP Tatiana Viaes Thomé.
A preparação técnica é direcionada a quem está ingressando no ensino médio, com aulas regulares e curso integrado. Depois de três anos, o aluno sai com o diploma de professor da educação infantil e pode atuar como agente de apoio. “Também incentivamos que ele vá para o ensino superior e continue os estudos, tendo entendimento da educação para construir a carreira no magistério.”
O projeto Alegrarte é um instrumento de aplicação da teoria em ações práticas de forma interdisciplinar, como contou a estudante Laura Fernandes Bregantini, que está no terceiro ano do curso de formação de docentes. “Conhecemos novos materiais e novas ferramentas para desenvolver com as crianças. Também aprendemos a reconhecer as necessidades de cada aluno a atuar de forma individualizada.”
Os alunos do curso de formação de docentes escolhem o tema do ano e preparam brincadeiras para o público a partir de 4 anos de idade. Toda a comunidade escolar se envolve na preparação de cada edição: alunos, professores, equipe pedagógica, demais servidores e familiares. A Secretaria Municipal de Educação é parceira e garante o transporte das crianças até o centro de eventos.
A pequena Maria Alice, citada anteriormente, escolheu a atividade favorita, a brincadeira perdidos no espaço. A proposta é simples: um competidor veste o chapéu de extraterrestre e corre atrás dos demais, como que para abduzi-los, uma adaptação do pega-pega. “Foi muito legal.”
A professora Simone Pereira da Silva, da Escola Municipal Antônia Ayres de Oliveira, também esteve no centro de evento para acompanhar os alunos. Classificou o projeto Alegrarte de “fantástico”, porque estimula a autonomia e o uso de habilidades motoras. Além disso, captou novas ideias para levar à sala de aula. “Uma importante troca de conhecimentos.”