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ECONOMIA

Cadeia produtiva de mandioca precisa abrir novos mercados externos, defende presidente do Sindicato Rural

Ivo Pierin Junior apontou a exportação com alternativa viável para equilibrar o cenário nacional e evitar as oscilações de oferta e preços

REINALDO SILVA

Da Redação

O crescimento equilibrado da cadeia produtiva de mandioca requer estratégias que fortaleçam a agricultura e a indústria. Diretor-executivo da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e presidente do Sindicato Rural de Paranavaí, Ivo Pierin Junior argumenta que a abertura de mercados externos seria uma alternativa viável e rentável.

A defesa de Pierin Junior é uma resposta à constante oscilação de preços da raiz e, por consequência, dos derivados. Em julho e agosto deste ano, por exemplo, a pressão da oferta de matéria-prima empurrou os preços para baixo e levou os produtores a adiarem a colheita.

Ivo Pierin Junior falou sobre a edição de 2025 da Feira Internacional da Mandioca
Foto: Arquivo DN/Ivan Fuquini

A irregularidade na ocorrência de chuva, os longos períodos de estiagem e as temperaturas elevadas também contribuíram. Sem umidade no solo, o processo de arranquio é mais custoso, podendo, inclusive, comprometer o funcionamento do maquinário.

Diante desse cenário e considerando a entressafra, setembro trouxe novas perspectivas; com menos produtos à venda, os valores de comércio voltaram a subir gradativamente. Ao mesmo tempo em que dá ânimo para os mandiocultores, a situação pode se tornar um convite a reter raízes, à espera de preços ainda mais altos.

“O produtor precisa ficar atento e conduzir para a melhora de preços, mas não deixar de colher, não aguardar o pico. Manter a mandioca represada agora pode acelerar a queda lá na frente”, analisou Pierin Junior.

A avaliação também levou em conta a tendência de crescimento da área plantada em todo o Brasil, especialmente no Centro-Sul. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Paranavaí, muitos agricultores estão deixando as atividades de origem para investir na mandiocultura.

Busca por novas possibilidades de comércio seria benéfica para os produtores

Mercado externo – A inconstância na oferta e nos preços é prejudicial. Enquanto a cadeia produtiva mantiver o foco exclusivamente no mercado interno, dificilmente haverá mudanças importantes. É essencial que o Brasil disponibilize volumes suficientes para alcançar também outros países.

Foi o que aconteceu com os grãos, comparou Pierin Junior. No caso do milho, por exemplo, a criação de plantas para a produção de etanol se tornou alternativa industrial rentável e bem-sucedida.

Para a mandiocultura, o presidente do Sindicato Rural sugeriu que o amido e a fécula sejam aplicados mais amplamente em fórmulas de itens consumidos em diferentes regiões do mundo. Os derivados da mandioca têm como característica a versatilidade, o que permitiria o uso para fazer massa de macarrão tipo talharim oriental e chegar ao mercado asiático – só para citar uma possibilidade.

Fiman – Pierin Junior chamou a atenção para a edição de 2025 da Feira Internacional da Mandioca (Fiman), que será realizada no parque de exposições de Paranavaí nos dias 25 a 27 de novembro. Da mesma forma que em anos anteriores, o evento reunirá produtores, profissionais, expositores e visitantes de diferentes países.

A programação da Fiman 2025 reúne atividades de cunho técnico, visitas a lavouras de mandioca e indústrias. Trata-se de uma oportunidade para conhecer novas tecnologias, ampliar a rede de contatos, inclusive com projeção internacional, e prospectar novos negócios comerciais.

Presidente da feira, Pierin Junior fez questão de citar duas entidades parceiras na organização: a Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam) e o Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (Simp).

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