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NO CAMPO

Calorão atrasa desenvolvimento de plantações e compromete produções avícolas e suínas

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

O calor em excesso compromete produções avícolas e suínas e atrasa o desenvolvimento das lavouras, especialmente em regiões de solo arenoso, como é o caso do Noroeste do Paraná. Mandioca e laranja, predominantes em Paranavaí, são exemplos de culturas afetadas diretamente pelas altas temperaturas e pela falta de chuvas frequentes.

O secretário de Agricultura de Paranavaí, Tarcísio Barbosa, alerta que as plantações mais novas são suscetíveis e podem murchar. Também chama a atenção para os cuidados necessários com as hortaliças, que requerem horários específicos para irrigação, de preferência à noite. “O controle da produção tem que ser profissional.”

A Secretaria Municipal de Agricultura dispõe de um profissional para atender vilas rurais e pequenos produtores, principalmente de hortaliças, repassando orientações técnicas sobre o preparo do solo e a irrigação.

Por se tratar de uma região de solo arenoso, que perde umidade mais rapidamente, e temporadas de calor intenso, o Noroeste do Paraná precisa incorporar tecnologias de irrigação, assegura Barbosa. Médios e grandes produtores já estão fazendo essa opção.

Nos galpões de criação de aves, a climatização representa aumento de gastos com energia elétrica. Há perdas de pintinhos e risco de morte para os animais adultos. “Só pelo fato de estar calor, tanto frango quanto suíno precisam de refrigeração forte. Se houver queda de energia, o problema é ainda maior, porque não tem como refrigerar.”

Barbosa lembra que a Região Noroeste tem vasta produção de frango no sistema integrado, que de maneira resumida consiste na parceria entre a indústria e o produtor. Nesse formato, a indústria fornece os pintinhos, a ração e os medicamentos; no final adquire a produção.

Em relação à pecuária bovina, o secretário de Agricultura destaca que as pastagens sofrem menos com as altas temperaturas, desde que chova. “O solo estando molhado, ajuda muito.”

Tempo e temperatura – Até agora, novembro foi marcado por baixo volume de precipitação em várias cidades do Noroeste, do Norte, do Centro e do Leste do Paraná. Em Paranavaí, por exemplo, entre os dias 1º e 19 o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) registrou apenas 20,4 milímetros. A média histórica para todo o mês, que considera as medições desde 1998, é de 134,28 milímetros.

Há expectativa de chuva em Paranavaí a partir desta quinta-feira (23), podendo alcançar acumulado de 87,4 milímetros até domingo.

Sobre a temperatura, o Simepar informa que 12 de novembro foi o dia mais quente do mês, com 38,7°C. A título de comparação, a média climatológica do Simepar para o período é de 30,9°C.

Nesta quinta-feira a temperatura máxima chega a 30°C e cai para 26° na sexta-feira. No sábado o valor mais elevado deverá ser 20°C e 25°C no domingo.

El Niño – O meteorologista Samuel Braun explica que a onda de calor que avançou sobre o Paraná é um dos efeitos do fenômeno El Niño, “que é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico e gera mudança nas condições de circulação dos ventos em boa parte do planeta, atingindo principalmente a Região Sul do Brasil”.

El Niño continua intenso, diz o meteorologista, e as temperaturas devem ficar dois graus acima dos valores históricos. A tendência é que essa condição se estenda até o verão e perca forças apenas no outono de 2024.

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