Os caminhoneiros prometeram intensificar as paralisações nas rodovias do Noroeste do Paraná. Na tarde de ontem (8), afirmaram à equipe de reportagem que também pretendem manter o bloqueio de caminhões e estender a interdição para ônibus e veículos leves. Levado adiante, o comando passa a valer nesta quinta-feira (9).
No primeiro dia de manifestação, seguindo as diretrizes do movimento em âmbito nacional, os organizadores do bloqueio em Paranavaí informaram que somente caminhões com cargas não perecíveis foram parados e que os veículos com animais e alimentos seguiam viagem normalmente. Também disseram que apenas apoiadores estavam concentrados nos dois pontos da BR-376, em postos de combustíveis.
Os manifestantes conversaram com os motoristas que passaram por Paranavaí e falaram sobre a importância de se manterem em locais com segurança e não às margens da rodovia. Quem demonstrou apoio à mobilização da categoria recebeu orientações sobre onde parar. No caso dos caminhoneiros que não concordavam com a paralisação, o tom do diálogo subiu e se tornou mais áspero, mas, a princípio, não houve violência física.
Até o final da tarde de ontem, a Polícia Rodoviária Estadual indicava pontos de bloqueio em Tamboara (PRC-158 x BR-376) e Colorado (PR-463, km 49), com paralisação parcial da rodovia e retenção dos caminhões. Em Cruzeiro do Oeste (PR-323, km 270) o tráfego era interrompido por cinco minutos. Em Astorga (PR-218, km 268) e Goioerê (PR-180, km 217), o trânsito se mantinha no estilo siga e pare. Em todos os casos, veículos leves estavam liberados.
As lideranças da mobilização em Paranavaí disseram que um dos principais objetivos é reforçar o apoio ao presidente Jair Bolsonaro. A categoria segue pautas semelhantes às defendidas durante as manifestações de terça-feira (7), por exemplo, o retorno do voto impresso e o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), com a destituição de todos os ministros.