REINALDO SILVA
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Chuvas frequentes e temperaturas elevadas fazem a combinação ideal para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Não por acaso, os surtos da doença ocorrem durante o verão e caso não sejam contidos podem levar o município à condição de epidemia. A eliminação de focos e possíveis criadouros é a forma de prevenção mais eficaz.
Esse é o ponto principal da campanha “Aqui o mosquito não entra”, desenvolvida pelo Sesc Paraná. Ontem, durante o lançamento simultâneo em todas as unidades do Estado, agentes de combate a endemias e gestores municipais conheceram detalhes da estratégia que visa à mobilização de toda a comunidade.
Em Paranavaí não foi diferente e representantes de vários municípios da Região Noroeste participaram do evento. A técnica de Educação e Saúde Dayane Santos de Azevedo explicou como a campanha funciona. Trata-se de uma competição por categorias (municípios, agentes, instituições de ensino, comércio e empresas e pessoas físicas) e os mais bem colocados receberão troféus e medalhas.
As 10 pessoas mais bem colocadas no ranking estadual concorrerão a um fim de semana no Hotel Sesc Caiobá. As três vencedoras do prêmio serão definidas por sorteio e terão direito a levar até três acompanhantes. Estão incluídos os valores de hospedagem e alimentação, mas os custos com transporte ficarão por conta dos visitantes.
Para entrar na competição é necessário baixar o aplicativo do Sesc PR no telefone celular, disponível gratuitamente para os sistemas Androide e iOS. Também é possível acessar pelo site do Sesc PR (www.sescpr.com.br). Depois é só fazer o cadastro, informando nome, CPF e e-mail.
A disputa consiste em enviar fotos de criadouros do Aedes aegypti seguidas de imagens que comprovem a eliminação. Cada sequência será devidamente analisada – se atender os critérios técnicos, renderá pontos para o participante. Ganha quem chegar ao final da campanha com a maior pontuação.
“Queremos sensibilizar e conscientizar a população sobre a prevenção da dengue”, disse o gerente do Sesc de Paranavaí, Marcos José Scoz. A ação estadual chega à terceira edição como mais um instrumento de incentivo à eliminação de focos do Aedes aegypti, reforçou.
O chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 14ª Regional de Saúde, Walter Sordi Junior, afirmou que a redução de criadouros garante maior controle na quantidade de vetores, entendendo por vetor o inseto transmissor. Diferentemente de outras doenças, a dengue foge ao controle individual e mesmo aqueles moradores que cumprem a cartilha, colocando em prática medidas de prevenção e combate, podem ser penalizados pelo descaso dos vizinhos que não mantêm os quintais limpos.
Com base em dados do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde, técnica de Educação e Saúde Dayane Santos de Azevedo informou que no ciclo epidemiológico de 2021-22, o Paraná registrou o terceiro maior número de mortes do Brasil, 110. São Paulo foi o Estado com mais óbitos por dengue, seguido de Goiás.