Com cerca de 33% de diagnósticos, o câncer de pele segue liderando entre os tipos mais comuns no Brasil. Neste mês, a doença se torna protagonista da campanha Dezembro Laranja para lembrar a necessidade de identificação precoce para evitar complicações.
Para a médica Adrieli Deltrejo, pós-graduada em Dermatologia Clínica e Cirúrgica, o câncer de pele representa um risco quase invisível no Brasil. Isso porque, em comparação com outros tipos de câncer, a doença pode ser considerada de simples resolução, o que despreza a gravidade em potencial do problema.
De acordo com Adrieli, parte daí a necessidade de reforçar a importância do diagnóstico precoce. “A verdade é que o câncer de pele pode gerar deformidades, cirurgias maiores e complicações importantes, principalmente quando chega ao consultório tardiamente”, afirma.
Os registros de casos no Brasil também demandam um olhar atento. A médica observa que é comum as estatísticas considerarem, com maior prioridade, apenas os casos de melanoma. Quando isso ocorre, segundo ela, deixa-se de registrar 95% dos diagnósticos. “Os cânceres de pele não melanoma representam um número expressivo. Se somados, superam em número os cânceres de mama e próstata juntos”, alerta.
Cuidado além do protetor solar
O uso de protetor solar tem se difundido no Brasil, mas a realidade desperta a necessidade de ir além quando o assunto é se proteger do sol. Adrieli orienta que a fotoproteção envolve, também, evitar exposição direta entre 10h e 16h, usar itens de bloqueio físico como chapéu, roupas com tecido UV e óculos, e buscar ambientes protegidos da radiação.
“O protetor é fundamental, mas ele faz parte de um conjunto de atitudes.”
A proteção também ganha aliados com o avanço da tecnologia na Medicina. Atualmente, já estão disponíveis no mercado ativos antioxidantes que reduzem a inflamação causada pelo sol. O produto, recomenda a médica, complementa o protetor tradicional. “Ele não substitui o filtro, mas fortalece a defesa da pele e pode ser algo muito útil no verão.
Mito da vitamina D
Usar protetor solar pode causar deficiência de vitamina D? A médica esclarece que não. De acordo com ela, o mito, um dos mais comuns nos consultórios, não se sustenta na realidade brasileira.
“A produção de vitamina D acontece com breves exposições, mesmo com protetor. Além disso, ninguém usa a quantidade ideal de filtro para bloquear tudo. Ou seja: proteger-se do sol não causa hipovitaminose D”, garante.
Prevenção salva vidas
“O Dezembro Laranja é mais do que um mês de alerta: é um lembrete de que a prevenção salva a pele, evita cirurgias e até salva vidas”, diz Adrieli.
Caso sejam observadas manchas suspeitas ou lesões que não cicatrizam, procure um médico para avaliação.
SERVIÇO
Adrieli Acacia Deltrejo – Médica pós-graduada em Dermatologia Clínica e Cirúrgica (CRM-PR: 55683)
Endereço: Rua Pernambuco, 1030, Clínica Fujii, Centro de Paranavaí
Telefone: (44) 9 9171-4219
Instagram: @dra.adrieli_deltrejo



