IGOR SIQUEIRA
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A arbitragem do Campeonato Brasileiro 2023 terá algumas novidades na comparação com o ano passado. Os conceitos e orientação estão sendo reforçados durante a pré-temporada dos árbitros, nesta semana, no Rio.
O QUE VAI ACONTECER
– Ajuste na linha do impedimento: Quando o VAR marcar as linhas a que indica a posição do defensor tocar a que indica a posição do atacante-, elas se tornarão uma só, na cor azul. O lance vira favorável ao ataque. Esse sistema foi testado na Supercopa do Brasil.
– Aviso da revisão no telão e em áudio: O árbitro de campo que for chamado pelo VAR para revisar uma jogada à beira do campo anunciará sua decisão final em áudio. O lance será passado em vídeo nos telões dos estádios. O estádio sem telão ficará só com o áudio.
– Amarelo para reclamação durante revisão: Os árbitros foram instruídos a darem cartão amarelo a quem reclamar durante uma revisão ou checagem de um lance pelo VAR. É para acabar com as rodinhas em torno da turma do apito.
– Seis por vez no aquecimento: O aquecimento dos reservas deverá, no máximo, ser feito por seis jogadores por vez. É uma prática da Fifa que será replicada no Brasil. O preparador físico é que terá que controlar quais serão os seis no aquecimento, caso queira manter mais do que seis preparados para entrar em campo.
– Controle dos goleiros: A CBF vai replicar a nova determinação da Fifa para o comportamento dos goleiros na hora dos pênaltis. Nada de provocação antes da cobrança ou catimba para atrapalhar o batedor. A regra foi criada para evitar comportamentos como o de Dibu Martínez, goleiro da Argentina.
– Mais acréscimos: A determinação da CBF é que o tempo perdido seja compensado. Se há um gol, se há substituição, os árbitros precisam considerar isso na hora de acrescentar o tempo após os 45 minutos.
O QUE ELES DISSERAM
“O anúncio final da decisão do árbitro será feito depois da decisão. É uma alternativa de vídeo para quem está no estádio. Vai ver o que foi visto pelo VAR na cabine e o que está sendo mostrado para o árbitro na área de revisão para que ele mude a decisão”
Sobre a linha, a gente vai corrigir algumas distorções tecnológicas do próprio sistema, no que diz respeito ao exato ponto de contato com a bola, à confecção da linha e da referência vertical e de base dos atletas”
Péricles Bassols, gerente do VAR
“Toda vez que um árbitro vier à zona de revisão e nessa trajetória ele for pressionado, ele vai parar e mostrar amarelo. Se o mesmo jogador voltar atrás dele, é amarelo e vermelho. Se estiver na zona de revisão e tiver alguém perturbando ele, vai mostrar cartão amarelo. Ele vai ter que falar a decisão dele. Antes dele falar, se alguém pressionar, vai receber cartão amarelo. Os árbitros estão sendo muito bem orientados quanto a isso. É uma instrução obrigatória”.
Wilson Seneme, presidente da comissão de arbitragem da CBF