Diariamente, cerca de 1,9 mil pessoas são internadas no Estado. O número representa pelo menos uma pessoa por minuto. Dados da Central de Acesso à Regulação (CARE) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostram que dentre as 61.362 solicitações de leitos realizadas no mês de maio no Paraná, 56.132 – 91,5% – foram concluídas com o internamento do paciente em até 24 horas.
Neste período, 2,4% das solicitações tiveram um tempo médio de espera maior que um dia e 6,1% foram finalizadas após o período de 48h. Cerca de 10% dos pedidos referem-se às Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e os demais são solicitações para leitos clínicos de enfermaria.
A central é responsável pela gestão das solicitações inseridas no sistema do Estado para dar encaminhamento aos pacientes, seja para urgência e emergência, consultas, exames e até mesmo cirurgias. São quatro equipes responsáveis pela regulação que atendem 24h e que se revezam (duas durante o dia e duas à noite). Ao todo são 22 médicos, 28 assistentes de regulação, um coordenador médico e dois coordenadores e um assistente administrativo.
“No Paraná, tivemos um aumento nos atendimentos no final do outono, mas mesmo assim conseguimos nos organizar com a rede de leitos. O pedido de internamento é feito pelos serviços médicos que estão nas UPAs ou em hospitais de menor porte de todo o Estado. Nossas equipes trabalham dia e noite ininterruptamente para que todos os pacientes tenham atendimento rápido, seguro e eficaz”, enfatizou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
Protocolo – A Central de Regulação funciona de maneira integrada com todos os municípios paranaenses de gestão estadual. Ela contempla as referências intermunicipais de consultas especializadas e exames e internações hospitalares. O trabalho é realizado com base no conhecimento da capacidade de oferta de consultas e exames especializados públicos, contratados e conveniados, que integram a rede do SUS.
O tempo de espera tem início a partir do momento em que o paciente é inserido no sistema da CARE. Após receber o pedido, a central realiza uma busca ativa na rede de leitos e, com a confirmação da vaga, a unidade hospitalar solicitante é avisada para providenciar a transferência do paciente.
A equipe da central avalia cada solicitação individualmente, por meio da análise das informações sobre as condições clínicas, exames complementares e diagnóstico médico. Essas informações são inseridas no sistema pela própria unidade solicitante, que também é responsável pela atualização constante desses dados. Após a avaliação, o regulador procura, na rede de referência do SUS, pelo serviço que atenda às necessidades do paciente.
“O processo é muito dinâmico. Gerenciamos quase dois mil internamentos todos os dias. É um número expressivo de pacientes e temos de priorizar aqueles com maior necessidade terapêutica. As informações repassadas pelo serviço médico de origem relatam quais pacientes têm maior risco de complicações ou precisam de intervenção imediata”, disse o diretor de Gestão em Saúde, Vinícius Filipak.
O diretor ressaltou ainda que aqueles pacientes que aguardam por leitos e que não são internados em até 24h, continuam recebendo atendimento. “O giro de solicitações é muito grande, e enquanto isso todos os pacientes estão sendo assistidos. Assim como os internamentos, também temos as altas hospitalares e ainda os cancelamentos, que chegam a quase 13% e demandam todo um remanejamento da central”, afirmou.
Dados – Segundo a Regulação de Leitos, o Paraná possui 2.021 leitos de UTI geral, sendo 1.826 UTI adulto e 195 pediátricas. Já com relação a leitos clínicos, o Estado soma 6.444 enfermarias adulto e 2.016 pediátricas.
Em maio, na Macrorregião Leste (que possui o maior número de habitantes do Estado) foram registradas 22.188 solicitações, sendo que 89,4% foram atendidas em 24h, 2,9% em até dois dias e 7,8% após 48h.
Na Região Oeste, 11.707 pacientes tiveram o pedido de internamento realizado em menos de 24h, que corresponde a 95,2% do total (12.295). Cerca de 3% dos pacientes tiveram de esperar mais do que um dia.
O cenário é semelhante na macrorregião Norte. Durante esse período, 14.914 pacientes precisaram ser encaminhados aos hospitais, sendo que 92,4% deles foram internados em 24h, 280 (1,9%) acima desse tempo e 854 (5,7%) tiveram um tempo maior do que 48h.
Na macrorregião Noroeste, o número de solicitações para internamento chegou a 11.965. Desses pacientes, 10.814 (90,4%) foram atendidos em 24h, 328 (2,7%) acima de 24h e 823 (6,9%) tiveram uma resposta de encaminhamento acima de 48h.