DEMÉTRIO VECCHIOLI
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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Cesar Cielo será o segundo atleta brasileiro a fazer parte do Hall da Fama da Natação, seguindo os passos de Maria Lenk e Gustavo Borges. O campeão olímpico dos 50m livre em Pequim-2008 foi eleito na chamada “classe de 2023”. A homenagem vem apesar de o brasileiro nunca ter anunciado publicamente se está aposentado.
Na maioria deste tipo de hall da fama, o atleta ou treinador precisa estar aposentado internacionalmente há algum tempo para fazer jus à indicação. Bernardinho, por exemplo, ficou fora do Hall da Fama do Vôlei na primeira vez em que foi indicado porque foi contratado para treinar a França depois de rescindir o contrato, foi homenageado.
No caso dos esportes aquáticos, a regra é estar aposentado ou sem competir em competições internacionais de primeiro nível há quatro anos. Atletas com mais de 30 anos podem ser homenageados mesmo se optarem por não se aposentarem oficialmente para continuarem participando de eventos menores. É o caso de Cielo, de 36 anos.
Ele não compete desde o Mundial de Piscina Curta de 2018 e, antes ainda do início da pandemia, mudou-se para Itajaí (SC), onde continua treinando e para onde levou seu projeto Novos Cielos. No sistema da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), o perfil dele aparece como inativo, tendo tido, como último clube, o Itamirim/Novos Cielos/Nadar Itajaí.
Além do brasileiro, a “classe de 2023” do Hall da Fama da Natação tem a dupla Michael Phelps, tratado como o “maior nadador que já esteve em uma piscina”, Bob Bowman, seu treinador, a também norte-americana Missy Franklin e a zimbabuana Kirty Coventry, entre outros.
A cerimônia de inclusão de Cielo no Hall da Fama vai acontecer em 30 de setembro, em Fort Lauderdale, na Florida (EUA), onde fica a instituição. Antes dele, foram homenageados Maria Lenk (em 1988) e Gustavo Borges (2012).