O avanço da colheita e a melhora na qualidade e nos preços da mandioca são destaques do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, referente à semana de 6 a 12 de maio, divulgado nesta quinta-feira (12) pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
A colheita da mandioca foi favorecida pelas boas condições climáticas das últimas semanas e já chegou a cerca de 26% dos 130 mil hectares plantados. Esta área representa uma redução de 2% em relação à safra passada, e a produção, estimada em 2,8 milhões de toneladas, será 7% menor. De acordo com o Deral, a principal causa da redução na produção é a estiagem ao longo de 2021 no Paraná, que atingiu todas as regiões produtoras da raiz.
Diante deste quadro, a demanda industrial continua fortalecida, porém a oferta de matéria-prima ainda não atende plenamente à capacidade instalada. A qualidade das lavouras colhidas vem melhorando nas últimas semanas e o teor de amido está aumentando. Com isso, e mediante os excelentes preços praticados, os produtores apresentaram mais interesse pela comercialização. Mesmo assim, devido aos efeitos da estiagem, ainda existe uma defasagem entre a oferta de matéria-prima e a capacidade industrial instalada em torno de 40%.
Preços – Os produtores paranaenses receberam na última semana, em média, R$763,00 por tonelada de mandioca posta na indústria. Esse valor representa um aumento de 5% em relação ao período anterior. A fécula, no atacado, foi comercializada a R$114,00 a saca de 25 kg, aumento de 3,4%. E a farinha vendida por R$156,00 a saca de 50kg, com redução de 1% em relação à semana anterior. Já comparativamente ao mesmo período do ano passado, o preço recebido pelo produtor de mandioca subiu em 63%, a fécula teve um aumento de 65% e a farinha registrou crescimento de 63%.
Avicultura de postura – O Paraná, no 1º trimestre de 2022, aparece como o 3º maior exportador nacional de ovos e ovoprodutos, segundo o Agrostat Brasil/MAPA, atrás do Mato Grosso e Minas Gerais. Ocorreu alta, comparativamente ao mesmo período do ano passado, tanto em volume, com 1.593 toneladas (aumento de 4,3%) como em faturamento, que foi de US$ 6,952 milhões (5,3%).
O Brasil ainda exporta poucos ovos e ovoprodutos, já que a maioria da produção (mais de 98%) visa o mercado interno, com consumo in natura, indústria alimentícia, consumo institucional – merenda escolar e restaurantes/lanchonetes /foodservice.]