As chuvas previstas para ocorrer em todo o Estado neste fim de semana vão melhorar a oferta de mandioca para as indústrias, que vem disputando a raiz por conta da estiagem que atinge as regiões produtoras. Mas os agroindustriais não sabem prever por quanto tempo o mercado deve ficar pacificado, já que são incertos os números referentes aos que já foi colhido e o que foi podado e será arrancado no segundo ciclo.
A análise foi feita na manhã desta sexta-feira (01) por agroindustriais do setor durante a reunião semanal por videoconferência do Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP). A análise foi consenso entre diretores e associados da entidade.
Os agroindustriais confirmaram que a seca reduziu a oferta de raiz e provocou uma alta nos preços do produto. Mas lamentaram que os preços da fécula e da farinha não acompanharam esta alta. Só nesta semana, os compradores de fécula começaram a acenar timidamente que setor feculeiros pode aceitar o aumento seus preços.
Outro consenso é que, mesmo com as chuvas, o preço da mandioca não deve recuar. Eles entendem que não há espaço para redução de preços e também não devem pressionar. É que os atuais preços podem estimular o plantio de mandioca, que estão buscando alternativas agrícolas mais rentáveis.
Além disso, a renda que vem caindo pode piorar, comprometendo a remuneração dos produtores. Para não perder o controle sobre o mercado, os agroindustriais terão que administrar bem a produção própria para fazer frente aos solavancos do mercado.
Exportação – Se o mercado interno tem resistindo a pagar mais pela fécula, o externo tem aceitado o repasse da elevação de matéria-prima. E as exportações de féculas, que ainda são tímidas, têm aumentado. Até agosto, o volume de fécula exportada já era superior a todo o ano passado. Esta pode ser uma alternativa para poder repassar as altas da matéria-prima.
A reunião de mercado desta sexta-feira foi conduzida pelo secretário do SIMP, João Eduardo Pasquini, uma vez que o presidente Guido Bankhardt representou a entidade numa reunião com o Tecpar.
No encontro ainda foram tratados outros assuntos como a logística reversa, com a apresentação de mais uma empresa candidata a prestar os serviços aos associados do SIMP, um curso para melhorar a performance empresarial e pessoal, o estatuto do Fundo de Desenvolvimento da Mandioca, a convenção coletiva de trabalho entre as indústrias e colaboradores e o Congresso Brasileiro de Mandioca.