Mateus 11:6 – E bem-aventurado é aquele que não achar em Mim motivo de tropeço.
Um dia, no fim de 1969, um jovem entrou na biblioteca da Universidade de Berkeley. Tomado por uma raiva frenética, ele correu pela biblioteca gritando histericamente para os seus colegas: “Parem, parem! Vocês estão passando à minha frente!” O jovem foi preso.
O crime desse moço, segundo a autora Pamela Pettler, foi ter nascido na década errada, pois foi só a partir da década de 80, cheia de estresse, que passamos a nos preocupar com outras pessoas passando à nossa frente. E isso acontece o tempo todo: se um colega de trabalho é promovido, ele passou à sua frente; se um amigo leu um livro que você não leu, ou fez um curso que você não fez, ele passou à sua frente, naquele ramo de conhecimento. O que alguns parecem não aceitar, é que não se pode ser o melhor em tudo.
Há pessoas que não suportam encarar esse fato, especialmente se o indivíduo mais preparado é um subordinado. Um ferramenteiro contou que, na indústria automobilística onde ele trabalhava, um novo chefe assumiu a seção de ferramentaria. E esse chefe não admitia que um empregado seu fosse mais competente do que ele. Quando isso acontecia, ele infernizava a vida e o trabalho desse funcionário, prejudicando-o de mil maneiras.
É preciso ter grandeza pessoal para olhar nos olhos de um rival em potencial e ver nele, não um adversário, mas um amigo. É preciso ter certeza de sua própria capacidade para não se sentir ameaçado por alguém mais brilhante. E é bom lembrar que, um dia, todos nós encontraremos um rival. Qual será, então, a nossa reação?
Nesse aspecto, João Batista nos dá um grande exemplo. Ele estava tendo grande sucesso evangelístico. Multidões afluíam a ele no deserto, para ouvi-lo pregar: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos Céus” (Mt 3:2). E as pessoas se arrependiam, e eram batizadas às centenas.
Então, um dia, enquanto João estava pregando e batizando, Jesus saiu do meio da multidão. E João sabia que Aquele era quem ele havia anunciado, dizendo: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas Aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar” (Mt 3:11).
Em vez de ver em Jesus um motivo de tropeço para a sua carreira, João reconheceu-Lhe a superioridade. E Jesus também reconheceu a grandeza de João, dizendo: “Entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista” (Mt 11:11).
E a grandeza de João residia em se humilhar e exaltar a Cristo.
Reflita sobre isso no dia de hoje e ore agora:
Querido Deus e Pai: que tenhamos a mesma disposição e humildade de João Batista. Para isso, toma conta de nossa vida, por favor! Em nome de Jesus, amém!