(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:

RELIGIãO

Coluna Espírita

O desejo de uma amiga

Desde pequena, Ana demonstrava extremo carinho com bebês. Tinha uma forma especial de acalmá-los, quando choravam.

As amigas de sua mãe comentavam que ela, com certeza, se casaria e teria muitos filhos.

Chegavam a descrevê-la com avental, fazendo biscoitos, rodeada de chocolates e guloseimas para as crianças, nos finais de semana.

Ana cresceu, se casou, e com o marido, planejou ter filhos.  Na primeira gravidez frustrada, telefonou, em desespero, para sua amiga, Lia.

Elas haviam crescido juntas e haviam feito planos de se casarem com dois irmãos, morarem bem próximas uma da outra e terem seus bebês ao mesmo tempo.

Mas, elas se casaram com homens que não se conheciam e foram morar em pontos diferentes do país.

E, a cada desilusão, por mais um aborto espontâneo, Ana telefonava para a amiga, que nem tinha coragem de dizer que estava grávida.

Lia teve sete filhos em quinze anos de casamento.

Ela dizia para Ana: Queria ter o poder de fazê-la ter filhos, de ser mãe, como eu.

Muitos tratamentos infrutíferos depois, Ana optou por se tornar professora de jardim de infância. Ao menos ali, poderia extravasar o amor que tinha pelas crianças.

Quando Lia telefonou dizendo do diagnóstico de câncer avançado, Ana tomou um avião e foi para a casa da amiga.

O marido mal conseguia cuidar dos sete filhos, acompanhando a esposa, nos exames, cirurgia, quimioterapia. O menor tinha seis meses e o maior, quatorze anos.

Ana passou a tomar conta da casa, a levar e trazer crianças da escola, ajudar na lição de casa, cozinhar, fazer sobremesas deliciosas, cantar e contar histórias para os mais novos, na hora de dormir.

Em suas orações, rogava a Deus que a amiga voltasse logo para casa.

Em verdade, Lia se foi para a morada espiritual, deixando um marido desolado, de tal forma que precisou ser medicado e internado.

As semanas seguintes afirmaram uma terrível sentença: ele não tinha condições de reassumir seus compromissos, cuidar dos filhos, do lar.

Quando a Assistência Social bateu à porta para levar os irmãos a lares adotivos, Ana tremeu.

Ela não poderia permitir que aquelas crianças, que não tinham ninguém além delas mesmas, fossem separadas.

Afinal, quem adotaria sete irmãos?

O marido de Ana, por sua vez, a queria de volta. Haviam se passado cinco meses e ele dizia que não podia mais viver sozinho.

Ela deveria falar com advogados, ajustar o destino das crianças e retornar para a sua casa.

Então, a menina/mulher que tanto desejava ser mãe, teve uma longa conversa com seu companheiro.

E ambos optaram por serem os pais temporários dos filhos de Lia. Quando os médicos declararam que o pai biológico jamais se recuperaria de seu desequilíbrio mental, eles os adotaram definitivamente.

Envolvida nas lides com os sete filhos, Ana se lembrou, mais de uma vez o que Lia lhe dizia:

Gostaria de ter o poder de fazê-la ter filhos.

Bom, não foi da maneira que nenhuma das duas planejou, mas o desejo de Lia acabou se realizando.

Com certeza, estranhos são os caminhos de Deus para nossas vidas…

Importante é que estejamos abertos a Seus planos.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 37,
do livro 
Milagres em família, de Yitta Halberstam
e Judith Leventhal, ed. Butterfly.


Correspondência para:

Centro Espírita Fé, Amor e Caridade

Rua Guaporé, 1576 – Centro -87704-220 – Paranavaí – PR.

Telefone: (44)3423-4490

E-mail: mensagemespirita2013@gmail.com

Compartilhe: