Matemática Divina
A matemática, conforme a conhecemos, é uma área do conhecimento, responsável por estudar estruturas e grandezas.
Ela se utiliza do raciocínio lógico para entender a aritmética, a álgebra, a geometria, a trigonometria, a estatística e o cálculo.
Seu objetivo principal é a sistematização de quantidades, medidas, espaços, estruturas e variações.
Não percebemos, mas ela faz mais parte de nossas vidas do que imaginamos. Utilizamos essa ciência para praticamente tudo em nosso dia a dia.
No entanto, ela ainda trabalha com o tangível, com o mundo dos sentidos, das dimensões materiais.
Assim, é natural que estranhemos todas as vezes que sejamos apresentados a um outro padrão de medida, espaço ou cálculos…
Vejamos, por exemplo, a matemática por trás da lição de Jesus, na conhecida passagem intitulada: O óbolo da viúva.
Recordamos que o Mestre estava diante de um local, no templo, onde as pessoas depositavam doações em dinheiro. As pessoas ricas deixavam grandes quantidades.
Até que surge uma personagem que iria mudar a narrativa. Uma viúva, que vai até o altar e deixa apenas duas pequenas moedas. Muito menos que qualquer um dos outros.
Jesus aproveita o momento e apresenta o conceito de uma matemática nova:
Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu muito mais do que todos os que antes fizeram suas dádivas, pois todos os outros deram do que lhes abunda, ao passo que ela deu do que lhe faz falta. Deu mesmo tudo que tinha para o seu sustento.
Essa proposta do Mestre, que refletia ali as Leis Divinas, mostra que o menos pode ser muito mais, pois depende de fatores mais importantes. Fatores que as medições materiais não conseguem alcançar.
Em vários outros momentos, o Mestre falou que não seria o acúmulo de tesouros na Terra que nos faria ricos de verdade.
Na parábola do rico e do Lázaro, vemos a decepção do homem de posses quando, ao chegar na nova vida, após a morte, percebe que Lázaro que, durante a vida era miserável e estava coberto de úlceras, encontrava-se em melhores condições espirituais.
Ainda, recordando a linda história do semeador e da semente caída em diferentes terrenos, veremos que aquela que verteu em bom solo, em terra boa e preparada, rendeu muito mais que apenas um novo pé de trigo.
Alguns grãos produziram cem. Outros sessenta e outros trinta.
Mostrando que a multiplicação do bem se dá de forma grandiosa, inexplicável, nos cálculos da matemática do mundo, só compreensível pelas Leis maiores do cosmos.
Assim é que dizemos que a soma do amor de um mais um é muito maior que apenas dois.
Assim é que entendemos a força do um arrastando multidões, derrotando exércitos enormes, mudando a vida de milhões.
Ainda somos, como Humanidade, infantes de jardim, aprendendo as primeiras lições dessa matemática sublime.
Há um horizonte sem fim a ser desvendado pela frente. Jesus foi nosso primeiro professor e permanecerá conosco em todos os graus de nossa escolaridade espiritual. Contemos com Ele sempre.
Redação do Momento Espírita, com citação do
Evangelho de Marcos, cap. 12, vers. 41 a 44
e no Evangelho de Lucas, cap. 21, vers. 1 a 4.
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