Senhor das nossas vidas, Mestre das nossas almas.
Em meditação sobre os Teus ensinamentos, sentimos que ainda estamos longe de corresponder ao que realmente esperas de nós.
Estamos habituados a orar pela solução das nossas dificuldades e, em raros momentos, nos vemos em rogativa pelos que sofrem, ou pelos infelizes que causam os sofrimentos.
Oramos pelos que se encontram na posição de obediência, sem nos lembrarmos de pedir pelos que abusam da sua autoridade, do seu poder e comandam com violência.
Pedimos pelos fracos, que necessitam socorro, por aquele que foi ferido, pelos cegos, doentes, fragilizados.
No entanto, nos esquecemos de orar pelos ditos fortes, os que ferem, os responsáveis por misérias, desânimo e dor.
Esquecemos que nos ensinastes, com Teu exemplo, a abençoar as obras dos afortunados.
Olvidamos o Teu exemplo de acolher a todos, como fizeste, na casa de Simão, com a mulher equivocada.
Não virastes as costas para os malfeitores, aceitando a companhia de dois deles no dia da cruz.
E, em meio às próprias dores, estendeste a Tua misericórdia àquele que Te rogou compaixão.
Olhavas para os maus com o propósito de lhes dar conselhos úteis e sadios.
Dessa forma, auxilia-nos a não julgar, mas a ver todos os nossos irmãos como reais necessitados de compaixão.
Ajuda-nos a clarearmos nossas mentes para melhor entender e interpretar as dores do mundo.
Que nos permitamos, mesmo em meio ao luto que nos possa alcançar, perceber quantas outras almas padecem de igual forma, irmanando-nos a elas.
Rogamos normalmente o perdão para as nossas ofensas. Auxilia-nos a perdoar aquele que nos magoa, que nos fere.
Não nos abandones, Amigo Celeste.
Necessitamos trocar a nossa fé vacilante pela fé que transporta as montanhas de nossa insensatez, do nosso orgulho e egoísmo.
Torna-se urgente construir em nós próprios a fé racional que nos abra as janelas da alma para uma visão maior e mais clara de nossos objetivos, nesta vida.
Ajuda-nos a compreender que nada construímos em nós e na vida sem o sacrifício que nos permite o crescimento real.
Precisamos melhor compreender o chamado redentor, convertendo o ódio em amor, a diferença em fraternidade.
Arrastamos ainda nossos pés feridos na longa caminhada do progresso, o coração sangrando, à espera de um bálsamo que o alivie, esquecidos do companheiro que sofre mais do que nós.
Pedimos para nos livrar das tentações e dos maus, sem perceber que a tentação maior é a que carregamos em nós mesmos.
Ajuda-nos a nos ampararmos mutuamente para nos fortalecermos na rota que a todos nos compete.
Queremos tornar presente, em nossas orações, o pedido sincero ao Teu amor, por todos.
Especialmente para os que andam, na carne ou fora dela, mergulhados na escuridão densa dos remorsos e dos desequilíbrios que alimentam.
Ajuda-os, a eles e a nós, a trocarmos as paixões que nos comandam, pelas emoções santificantes do amor.
Ampara-nos e nos permite que todos possamos sentir Teu desvelado carinho por esta Humanidade sofredora, Teu rebanho.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Prece de Gúbio,
pelo Espírito André Luiz, do livro À Luz da Oração, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. O CLARIM.
Correspondência para:
Centro Espírita Fé, Amor e Caridade
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