Um dia, graças à adesão de nossos pais ao convite da vida, chegamos a este mundo.
Alguns fomos intensamente aguardados e efusivamente recebidos.
Meses de confecção do enxoval, preparação do berço, até um quarto especial, todo decorado, para nos receber.
Outros não tivemos tudo isso. No entanto, o essencial é termos em mente que nos foi permitido vir ao mundo, que fomos acalentados, alimentados e aqui estamos.
Pais conscientes e amorosos se multiplicam. Aguardam, ansiosos, o passar dos meses da gestação e vão aos mínimos detalhes para bem receber o filho amado.
Alguns, mais dedicados, ao aconchegar nos braços, pela primeira vez, o ser tão pequenino, se unem em oração:
Deus nosso Pai, sê bendito pelo Espírito que reencarnou como nosso filho.
Somos gratos pela confiança que depositou em nós.
Sabemos da imensa responsabilidade que temos no cuidado e educação deste Espírito.
Sabemos, também, que teremos que lhe prestar contas desta incumbência que nos foi concedida.
Somos gratos por esta graça!
Se é uma alma imperfeita que nos chega, ajuda-nos a conduzi-la na seara do bem, através de nossos conselhos e nosso exemplo.
Que possamos ser os auxiliares da sua jornada, nesta Terra, a fim de que ela possa bem aproveitá-la.
Se é um Espírito, que vem ao nosso lar, suplicando amparo e proteção, concede-nos a força e a vontade para lhe podermos ofertar o de que necessita para o seu crescimento individual.
Ilumina a nossa inteligência para podermos tomar as melhores decisões na sua orientação.
Que nunca esqueçamos que o devemos educar, amparar, proteger. Jamais sufocar os seus anseios e os seus ideais.
Inspira-nos a viver o amor para que o possamos ensinar a amar a si mesmo, ao próximo, à natureza.
Ilumina-nos para que possamos despertar neste Espírito o conhecimento e o amor a Ti, Deus, nosso Pai.
Por fim, bom Deus, permite que germinem nesta criança as boas sementes, até o dia em que ela possa, por suas próprias aspirações, elevar-se sozinha para Ti.
* * *
Ao reencarnarmos, neste mundo, todos temos o objetivo de nos aprimorar e os nossos pais têm um papel essencial, especialmente, em nossos primeiros anos.
São eles que nos conduzem pela jornada do progresso. São eles que nos levam à escola, que nos exemplificam as boas ações, o bem viver.
São nossos pais que nos observam, dedicam-se ao exame das nossas tendências e nos estimulam na preservação das virtudes que trazemos.
Da mesma forma, insistem para que abandonemos os maus pendores, que ainda residem em nós.
Deus, realmente sábio, nos faz nascer com a docilidade e a delicadeza dos pequenos, para facilitar esse grande trabalho dos nossos pais.
Todos os que aproveitamos esses primeiros anos, atendendo aos bons conselhos, aprimorando-nos na instrução e na educação, somente temos a ganhar.
E, em essência, agradecer a Deus a vida que temos, da forma que a temos, onde estejamos.
Agradecer, sobretudo, pelos pais que nos permitiram abrir os olhos, neste imenso mundo de Deus, no qual o progresso nos aguarda, simplesmente, a vontade de agir.
Aproveitemos a vida que nos é dada, em mais este dia!
Redação do Momento Espírita, com base nos itens
53 e 54, do cap. XXVIII, de O Evangelho segundo
o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB.
Correspondência para:
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