Somos muitos aqueles que caminham pela vida tentando ser pessoas melhores.
Refletimos sobre nossas ações, pensamos sobre como agir corretamente, elegendo a melhor opção.
Buscamos auxiliar o próximo, voluntariamo-nos em causas que, acreditamos, contribuem de forma positiva na sociedade.
Somos os que nos preocupamos em preservar o meio ambiente, alterando hábitos de consumo, reciclando o lixo e não desperdiçando recursos naturais.
Porém, há dias em que nos questionamos se tudo isso não se resume em perda de tempo, esforço inglório e inútil.
Olhamos as notícias e vemos os mais variados disparates.
Golpes frequentes nas redes sociais, usando valiosos recursos intelectuais e tecnologia para usurpar bens do semelhante, especialmente dos mais vulneráveis.
As loucuras grassam nos lares, com filhos e pais se digladiando moral e fisicamente, por dinheiro, heranças e bens materiais.
Crimes e criminosos caminham ao nosso lado, seja nas ruas utilizando armas, seja nos escritórios elegantes, aplicando imensos golpes financeiros.
E isso tudo nos remete ao pensamento de que, talvez, não valha a pena ser ético, correto e bom.
O mundo nos parece um corcel desgovernado. Um panorama no qual os maus vencem sempre e o mundo lhes pertence.
No entanto, essa é apenas uma impressão passageira de um mundo em transição, em mudança.
Vivemos a natural crise ética e moral de uma civilização cansada do que a conduziu até aqui e se encontra na busca de novos valores.
É natural que, nesses momentos, os maus, não desejando mudanças nem a melhora do planeta, atuem com mais vigor e intensidade.
Talvez eles tenham medo de que logo mais já não encontrem espaço para as suas maldades.
Por isso, vemos tanta loucura trafegar por todos os meios sociais, políticos e religiosos da nossa sociedade.
São os estertores de uma era que chega ao fim.
Por enquanto, temos a impressão de que somos a minoria os que nos esforçamos pelo bem e pela ética.
E nos parece sermos tão poucos os que nos esforçamos porque desejamos, ardentemente, uma sociedade mais justa e inclusiva.
Mas é mera impressão.
Isso apenas acontece porque os maus são barulhentos, ousados. Porque o escândalo que provocam choca e impacta.
Enquanto isso, legiões de pessoas praticam o bem, a ética, a moral, silenciosamente, em seus lares, em suas empresas, em seus templos, em seu lazer.
Por isso, não desistamos da nossa ânsia de sermos melhores.
Mesmo quando nos alcancem os desonestos, os indignos e os cruéis, permaneçamos no nosso propósito.
Persistamos para ver, lenta mas continuamente, a paisagem moral do nosso planeta ir se modificando.
E, quando menos esperarmos, verificaremos que a maldade será a exceção, a corrupção não será admitida, a nobreza de caráter será exigida em todos os painéis da sociedade.
Não nos deixemos abater por esses momentos passageiros de loucura e insensatez, pelos quais ainda transita uma parte da Humanidade.
Permanecer no bem é ser referência para aqueles que aos poucos desejarão seguir conosco, imitando-nos.
Não desistamos do bem.
Redação do Momento Espírita
Em 11.3.2024