REINALDO SILVA
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Empatia é a capacidade de se identificar com outra pessoa, sentir o que ela sente, querer o que ela quer: colocar-se no lugar do outro. É o que motiva a dentista Renata Gaça Silva, de 27 anos, a doar sangue. A voluntária de 27 anos sempre teve essa preocupação, “doava para ajudar as pessoas, agora também estou ajudando um familiar”.
O Hemonúcleo Regional de Paranavaí abastece 25 hospitais do Noroeste do Paraná e outras unidades que compõem a hemorrede estadual. O estoque de bolsas de sangue se mantém regular, graças à contribuição diária de dezenas de doadores, e a expectativa é que o ritmo de coletas não sofra redução ao longo das próximas semanas.
Uma série de ocasiões faz com que a saída de bolsas de sangue aumente entre dezembro e janeiro. O chefe do Hemonúcleo Regional de Paranavaí, Lucas de Oliveira, exemplifica: durante as festividades de fim de ano, mais pessoas viajam e o fluxo de veículos nas estradas é maior, por isso, cresce o risco de acidentes com vítimas que precisam de transfusão de sangue.
A redução dos números da pandemia de Covid-19 também tem impacto na demanda das unidades de coleta e distribuição de sangue. Com a retomada das cirurgias eletivas, cresceu necessidade de abastecer os hospitais de todo o Paraná. Os procedimentos foram suspensos em 2020, a fim de garantir leitos suficientes para os pacientes com complicações de saúde provocadas pelo coronavírus. O retorno gradativo foi autorizado pelo Governo do Estado em julho de 2021.
Coleta – O processo de doação começa com o cadastramento do voluntário, com apresentação de documentos pessoais para a devida identificação. Segue com a triagem clínica e, então, a coleta. Por último, o Hemonúcleo Regional serve um lanche e garante a hidratação do doador. Todas essas etapas levam de 40 minutos a uma hora.
De acordo com Oliveira, assim que o sangue é coletado, passa pelo processamento. Se não houver impedimento para a doação, é distribuído em bolsas de plaqueta, plasma e hemácias. O volume médio é de 450 mililitros, podendo chegar a 480, dependendo de fatores como peso, altura e avaliação clínica do doador.
Leandro da Silva Ferreira é de Terra Rica e trabalha como destilador em uma usina da cidade. Aos 36 anos, fez a segunda doação de sangue e considera importante ser voluntário. Para ele, o procedimento é tranquilo, rápido, prático e indolor. Mas a melhor parte, diz, é poder ajudar quem precisa. “A boa ação de uma pessoa incentiva outras.”
O chefe do Hemonúcleo Regional de Paranavaí informa que a bolsa de plasma pode ser mantida em refrigeração adequada por até um ano, o concentrado de hemácias tem duração de 42 dias e as plaquetas, cinco dias. Uma coleta pode ajudar até quatro pessoas.
Requisitos – Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade. Menores precisam de autorização de um responsável legal. Idosos devem ter feito a primeira doação antes dos 60. É necessário estar em boas condições de saúde, pesar no mínimo 50 quilos, estar alimentado, evitando alimentação gordurosa nas quatro horas que antecedem a doação.
São condições impeditivas: resfriado (é importante aguardar até sete dias após o fim dos sintomas), gravidez, amamentação, ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas anteriores à doação, infecções sexualmente transmissíveis, entre outras.
Serviço – O Hemonúcleo Regional de Paranavaí fica na Rua Rio Grande do Sul, 2.490, próximo à Santa Casa. Os atendimentos são feitos de segunda a sexta-feira das 7h30 às 11h e das 13h às 14h30, com exceção de quarta-feira, quando o atendimento é feito exclusivamente pela manhã. Por causa dos próximos feriados, haverá paralisação das atividades no dia 24 de dezembro (sexta-feira, véspera de Natal), no dia 31 de dezembro (sexta-feira, véspera de Ano Novo) e no dia 3 de janeiro (segunda-feira, compensação pelo expediente no aniversário de Paranavaí, comemorado em 14 de dezembro).