Mais de 60 projetos desenvolvidos ao longo do ano foram apresentados em feira de inovação na tarde desta terça-feira, tendo como foco a sustentabilidade
REINALDO SILVA
Da Redação
Aquilo que o olho não vê, a câmera registra. O conceito básico do cineasta soviético Dziga Vertov (1896-1954) inspirou a instalação audiovisual Cine-Olho, em cartaz no Instituto Federal do Paraná (IFPR). Com assinatura dos estudantes do curso de Informática, o projeto apresenta diferentes perspectivas de Paranavaí em imagens que unem o novo e o velho e mostram as conexões entre o urbano e o rural.

Foto: Ivan Fuquini
A exposição começou na tarde de terça-feira (4) durante a 13ª Feira de Inovação Tecnológica do IFPR (IFTech) e segue durante todo o dia nesta quarta-feira (5). Toda a comunidade é convidada a prestigiar.
Ao todo, a IFTech reuniu 64 projetos desenvolvidos por 151 estudantes e 45 servidores do Campus Paranavaí. Como explicou a professora Daniela Eloise Flor, coordenadora da feira, foi uma oportunidade para levar aos visitantes o conhecimento aplicado de forma prática e com o uso da tecnologia.
As propostas surgiram como respostas a problemas do dia a dia – seja em casa, seja no ambiente escolar, seja no âmbito profissional. “Eles trazem soluções”, afirmou o diretor do IFPR, Rafael Petermann.

Foto: Ivan Fuquini
Os trabalhos que conduziram até a IFTech começaram em fevereiro e se fundamentaram em pesquisas e testes. Um exemplo é o sorvete produzido a partir de bagaços de laranja e mandioca. O sabor evidente da fruta cítrica e a textura cremosa foram alcançados depois de muitas tentativas, sempre com o suporte de inteligências artificiais.
Os estudantes do curso de Agroindústria informaram que o sorvete tem como característica atender aos objetos de desenvolvimento sustentável, uma proposta da Organização das Nações Unidas (ONU), tais como fome zero, saúde e bem-estar e consumo e produção responsáveis.
Além disso, a base do sorvete é feita de matérias-primas abundantes na Região Noroeste – laranja e mandioca – o que pode garantir às indústrias de transformação melhor aproveitamento de todos os elementos utilizados no processo de produção.
Entre os trabalhos apresentados na IFTech, também chamou a atenção a ração feita da planta chamada de pata-de-vaca, nativa brasileira. O alimento específico para tilápias tem propriedades saudáveis e evita contaminações comuns com a aplicação de antibióticos. Mais uma vez, os estudantes pensaram em sustentabilidade.

Foto: Ivan Fuquini
Da mesma forma, ganhou visibilidade o protótipo de placas solares com sistema de refrigeração que aumenta o nível de absorção e torna o equipamento mais eficiente do que os modelos utilizados regularmente.
Todos esses projetos, disse o diretor do Campus Paranavaí, evidenciam a capacidade dos estudantes do IFPR e podem se transformar em oportunidades no mercado de trabalho. “Trazemos avaliadores da comunidade externa, e eles podem até comprar a ideia ou empregar os alunos.”
































