Cibele Chacon
Da Redação
A Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (Aciap) realizou na última terça-feira (24), a Assembleia Geral para definição do Calendário Comercial 2025/2026. Organizado em parceria com o Sindicato do Comércio Varejista de Paranavaí (Sivapar), o encontro é considerado estratégico para o setor varejista da cidade, por reunir empresários e lideranças em um processo coletivo de decisão sobre as datas especiais de funcionamento do comércio.
Durante a assembleia, representantes de empresas discutiram, propuseram e votaram os dias de funcionamento especial do comércio local, como abertura em feriados e datas comemorativas. Segundo o vice-presidente para Assuntos do Comércio da Aciap, Antônio da Cruz da Silva, o calendário foi mantido com poucas alterações em relação ao anterior, respeitando a estrutura já consolidada. “As mudanças foram pontuais e não afetaram significativamente as principais datas comemorativas do comércio”, afirmou.
A principal novidade aprovada foi a substituição da campanha “Big Bang” por “Paranavaí Líquida”, que passará a ocorrer duas vezes ao ano, em alinhamento com a estratégia da “Maringá Líquida”, com o objetivo de fortalecer as vendas e valorizar a identidade do comércio local.
Apesar da participação ativa dos presentes nas discussões, Silva lamentou o baixo número de empresários na assembleia. “A Aciap se empenhou em comunicar a realização por diversos canais. Reforçamos a importância da presença de todos para que as decisões reflitam os interesses coletivos e fortaleçam o comércio local”, declarou. Ele ainda destacou que todas as decisões foram tomadas por votação, respeitando a maioria, e que o calendário tem como objetivo principal “promover a união entre os empresários e buscar alternativas que melhorem o desempenho das vendas e a organização do comércio”.
Sivapar – Já o presidente do Sivapar, Edivaldo Cavalcanti, destacou que o calendário aprovado ainda não é definitivo. Segundo ele, será necessário aguardar a definição de outras cidades da região, como Maringá, Umuarama e Cianorte, para fechar a convenção coletiva. “Isso evita a fuga de vendas e nos ajuda a alinhar estratégias. Algumas datas podem mudar após análise comparativa com os calendários dessas cidades”, explicou.
Cavalcanti também reforçou o papel do sindicato na orientação aos empresários sobre os impactos financeiros de datas trabalhadas fora do expediente padrão. “Muitos empresários não consideram os custos de um domingo trabalhado ou de horas extras. O papel do sindicato é justamente esse: alertar e orientar”, disse. Ele ressaltou que quem não se sentir contemplado com o calendário procure o sindicato. “Aquele que não estiver satisfeito com as datas, que procure o sindicato do comércio para que possa fazer um termo aditivo individual para a empresa para abrir. Não é porque não está aí no calendário que não pode abrir, mas desde que procure o sindicato, que formalize o documento, aí pode ser aberto”, explica.
Empregados do comércio – A presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Paranavaí (Sindoscom), Leila Aguiar, esclareceu que as negociações com o patronal ainda não começaram. “Somente após a assembleia e o envio da proposta do sindicato patronal é que poderemos iniciar as tratativas”, informou. Leila adiantou, no entanto, que tem boas expectativas e defende um equilíbrio entre os interesses dos trabalhadores e dos empregadores. “Um funcionário valorizado trabalha com mais disposição e carinho, e isso se reflete positivamente nos resultados das empresas”, afirmou. Ela também destacou a dificuldade que o setor enfrenta para encontrar bons profissionais e apontou a valorização como uma das soluções.
Com a previsão de fechamento da convenção coletiva nos próximos 60 a 90 dias, a expectativa é de que o novo calendário contribua para um comércio mais organizado, competitivo e alinhado às necessidades tanto dos lojistas quanto dos trabalhadores e consumidores.