O comércio paranaense acumulou alta de 2,07% nas vendas do primeiro semestre. Os dados são da Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Os setores com melhor desempenho em comparação ao primeiro semestre de 2021 foram calçados (36,81%); óticas, cine-foto-som (26,84%); livrarias e papelarias (18,71%); vestuário e tecidos (17,25%) e combustíveis (17,02%).
Por outro lado, os ramos que apresentaram os melhores desempenhos durante a pandemia vêm tendo quedas e retornando ao patamar habitual de vendas: material de construção (-7,84%); móveis, decoração e utilidades domésticas (-3,35%) e farmácias (-0,16%). Com redução de 3,93%, as lojas de departamentos estão sofrendo com a inflação alta e contenção de gastos das famílias, que estão cada vez menos propensas a comprar bens duráveis, que demandam um aporte financeiro maior, conforme demonstra o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de agosto, aferido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Fecomércio PR.
Comparada a maio, a receita do comércio foi 6,04% inferior, sobretudo das lojas de calçados (-17,95%), vestuário e tecidos (-15,82%) e de departamentos (-14,3%). Mesmo com o Dia dos Namorados, o movimento não superou o mês de maio, que tem o Dia das Mães grande impulsionador de vendas, principalmente de artigos como calçados e vestuário.
Já em relação a junho de 2021, houve queda de 2,58%. Verifica-se que os segmentos que tiveram grandes perdas durante a crise sanitária, em função do isolamento social e diminuição na circulação de pessoas, trabalho e estudos presenciais, estão retomando o movimento, tais como combustíveis (24,05%), livrarias e papelarias (21,4%), óticas, cine-foto-som (19,17%) e calçados (11,31%).
Regiões
Maringá foi a região paranaense com maior crescimento no acumulado do primeiro semestre, com elevação de 7,99%. Também apresentaram alta Curitiba e Região Metropolitana (4,73%), Ponta Grossa (4,38%) e a Região Oeste (0,64%). O comércio de Londrina teve redução de 4,47% e, do Sudoeste, queda de 3,71%.