A comissão que apura a denúncia de quebra de decoro parlamentar contra o vereador de Paranavaí Roberto Cauneto Picoreli (Pó Royal) deve se reunir nesta terça-feira (28) para definir os próximos passos do processo.
Na quarta-feira passada, o grupo colheria os depoimentos de testemunhas, mas elas não compareceram. Ouviram somente a denunciante, Bruna Santana, e entenderam que não havia material suficiente para inquirir Pó Royal – a reunião prevista para o dia seguinte, quinta-feira, foi então adiada.
Pó Royal é acusado de ameaçar, perseguir e chantagear ex-namoradas, mas garante que as situações citadas na denúncia foram resolvidas e não chegaram à instância judicial. Por se tratar de um assunto de foro íntimo, sem relação com as atividades parlamentares, o vereador reprova a instauração das apurações.
Ele foi afastado das funções legislativas no dia 16 de maio, por decisão do presidente da Câmara de Vereadores, Leônidas Fávero Neto, assim que a denúncia foi acolhida por unanimidade. Defende-se dizendo que é vítima de perseguição política.
A comissão processante tem até 90 dias, contados a partir de 20 de maio, para concluir as investigações. Se os integrantes não chegarem a uma conclusão dentro desse prazo, o caso será arquivado.
Cumprido o período previsto em lei, o relatório final será levado à votação em plenário e poderá terminar com a recondução de Pó Royal à Câmara de Vereadores ou a cassação de seu mandato.