(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:

ARTIGO

Como anda o “negócio” futebol no brasil?

Rafael Octaviano

Após aproximadamente três anos da Lei 14.193/2021 como andam as SAF’s no Brasil? Em 2023, números apresentados pelo Relatório Convocados (Galapagos), apontaram que as receitas entre os clubes das series A e B ficaram em torno de R$ 9,5 bi, sendo R$ 8,8 bi na série A e R$ 0,7 bi na série B. Os dados apontam ainda que 79% dos brasileiros têm o futebol como esporte favorito, 89% torcem para algum time no Brasil, e 34% para times estrangeiros, sendo 36% (Real Madrid), 23% (Barcelona) e 6% (PSG), influenciados por ídolos como Neymar, Vinicius Junior e Endrick.

Das receitas de R$ 8,8 bilhões, R$ 4,6 bi (56%) foram para salários na série A em 2023. A dívida total dos clubes da serie A no mesmo período chegou a R$ 11,7 bi, destes, R$ 1,6 bi foram gastos em contratações. O mesmo estudo aponta que são 703 clubes profissionais no Brasil, sendo 13% desse total, considerados clube empresa (LTDA ou SAF).

Mas com esses números, com o futebol sendo considerado um grande negócio, podemos afirmar que todos os clubes necessitam se tornar SAF? Até o final de 2023 tínhamos 38 SAF’s, sendo 11 na região sudeste, 9 na região sul, 5 na região centro oeste, 4 no Nordeste e apenas uma na região Norte (o Amazonas F.C). Apenas 5 clubes são considerados empresa LTDA (Red Bull, Ituano, Botafogo-SP, Brusque e Tombense). Das 38 SAF’s, até o fim de 2023, 12 já estavam constituídas e com investidores, dentre elas, destaques para Botafogo-RJ e Bahia onde os resultados já vêm ocorrendo, no caso do Bahia, comprado pelo grupo City.

Existem algumas particularidades como o Cuiabá, onde o clube já nasceu empresa e foi adquirido pela família Dresch. No Atletico – MG, credores do clube como os irmãos Menin o adquiriram praticamente pela dívida. No rival Cruzeiro, o clube foi vendido ao ex-jogador Ronaldo e agora ao empresário Pedro Lourenço. Por fim, dois cases regionais, o Maringá FC adquirido por um consorcio, o Atletico Clube de Paranavaí pelo grupo ONIL e o cantor Gusttavo Lima.

Ainda é cedo para análises mais detalhadas, de maneira geral a realidade é que sendo SAF ou não, o ideal é um bom modelo de gestão e governança.

*Rafael Octaviano é secretário de Esportes e Lazer de Paranavaí –

Compartilhe: