Aprender a se planejar financeiramente e investir de forma consciente pode fazer a diferença na vida e no futuro das crianças.
No mês em que se comemora do Dia das Crianças e o Dia da Poupança (31), o menino Heitor, de apenas 6 anos é um exemplo de como poupar é um hábito que se aprende desde cedo. Filho de Patrícia e Norberto Baumann, cooperados da Viacredi, cooperativa do Sistema Ailos, em Jaraguá do Sul (SC), Heitor Gabriel Schroeder Baumann se tornou cooperado desde seu primeiro ano de idade, quando os pais abriram uma poupança para ele.
Patrícia e Norberto contam que, com o passar dos anos, começaram a utilizar com Heitor a “prática da mesada por gratificação” em tarefas específicas da casa. Assim, quando ele cumpre pequenas atividades recebe um valor em dinheiro. “Parte do valor aplicamos na conta poupança dele e outra orientamos que ele utilize como desejar. Mas ele gosta mesmo é de poupar e ter sempre um dinheirinho guardado”, conta a mãe.
Patrícia destaca que, mesmo pequeno, Heitor já entende que na vida tudo é tempo, dedicação, responsabilidade e disciplina. “Ele observa como os irmãos de 8 e 11 anos lidam com o dinheiro e já argumenta certas situações quando é para utilizar suas economias, com perguntas bem básicas: “Eu preciso disso mesmo?” ou “precisa ser agora?”.
De olho no futuro
Patrícia conta que essas são perguntas que toda a família aprendeu a fazer quando vai comprar alguma coisa, assim a educação financeira virou um hábito de todos. O dinheiro poupado, ela explica, pode servir como investimentos ou ainda como uma economia para reinvestir, adquirir imóveis, investir em estudos ou em uma necessidade específica no futuro.
O especialista em investimentos da Viacredi Anderson Diorge Schug, dá algumas dicas para como a família pode começar essa prática dentro de casa. “Sabemos que para muitas famílias pagar as contas e ainda guardar dinheiro podem ser um grande desafio e que a educação financeira ainda é muito tímida nos lares brasileiros. Muitas vezes, as crianças crescem e seguem os exemplos dos pais, que têm papel fundamental na formação não só do caráter, como também da vida financeira das crianças”, revela.
Anderson destaca que uma forma de começar essa educação financeira é a família envolver os filhos, aos poucos, na hora de fazer contas para manter a casa por exemplo. “Assim, desde pequena, a criança começa a entender a importância do dinheiro, e que ele não pode ser gasto desordenadamente”, diz.
Ele salienta que “os pais também podem construir uma reserva para criança desde o nascimento. Esse valor pode ser guardado todos os meses, funcionando, por exemplo, uma viagem, a compra do primeiro carro e até mesmo os estudos no futuro”.
Outra sugestão, é quando a criança recebe uma mesada e deseja um brinquedo, por exemplo. “É um bom momento para estimular a poupança, já que haverá a sensação de conquista e a criança aprende a planejar antes de gastar”, conclui.