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DESAPOSENTADORIA

Como se reinventar e voltar ao mercado?

Quantos aposentados você conhece que, de fato, penduraram as chuteiras logo cedo? Cada vez mais o mercado tem visto uma busca de reingresso dessa geração prateada, provando que não há limite de idade para a continuidade do exercício profissional.

Por mais que esse movimento de desaposentadoria traga inúmeros benefícios para ambos os lados, muitas pedras ainda são encontradas nesse caminho, de resistência pelas gerações mais novas, a dificuldades comuns de se manterem atualizados frente às transformações tecnológicas. É diante deste cenário que devemos nos questionar: como esses profissionais podem se reinventar e voltar ao mercado?

Segundo um levantamento conduzido pela FGV, a população brasileira com 60 anos ou mais cresceu 55% entre o final de 2012 e 2024, ultrapassando 35 milhões de pessoas. Felizmente, à medida em que nossa sociedade vem envelhecendo, o mercado também vem refletindo essa mudança: o número de idosos ocupados subiu quase 69% neste mesmo período, de acordo com o mesmo estudo, chegando a 8,6 milhões.

Por um lado, muitos desses profissionais optam por permanecer ativos no mercado na intenção de se sentirem úteis com seu conhecimento e experiência adquiridos. Afinal, uma pessoa de 70 anos que, antigamente, era considerado inapto, hoje já possui muito mais qualidade de vida e energia para continuarem suas funções com extrema qualidade e resultados.

Este aumento, contudo, não deve ser visto apenas com positividade, uma vez que muitos dependem de permanecerem trabalhando pela falta de planejamento financeiro. De toda forma, as vantagens de contar com esses profissionais são inegáveis: uma ampla bagagem profissional, maturidade para lidar com as situações rotineiras do setor, e resiliência natural que eleva a segurança em seu desempenho e possibilidade de conquista de resultados positivos.

Não à toa, muitas das posições nas quais esses profissionais acabam ingressão são as de conselho administrativo – não pela idade em si, mas por outro fator determinante para um bom conselheiro: sua vivência ao longo da carreira executiva, acumulando o conhecimento necessário para analisar cenários diversos e orientar a organização nos melhores caminhos a serem seguidos.

Quando pensamos na digitalização do mercado, contudo, também é natural que talentos mais jovens tenham uma maior facilidade em explorar o máximo potencial das tecnologias emergentes em suas funções, por terem crescido tendo um maior contato direto com esses recursos. Essa não foi a mesma realidade de muitos profissionais mais seniores – o que pode levá-los a terem uma maior dificuldade em incorporar essas ferramentas em seu dia a dia com máximo proveito.

Por mais que a desaposentadoria esteja cada vez mais presente ao redor do mundo, esse não é um salto que pode ser dado no escuro. É dever de todo profissional analisar, com máximo cuidado, o ambiente no qual tem interesse em ingressar, verificando se há compatibilidade entre os valores e missões corporativos aos seus. Afinal, de nada adianta ter a vontade de inovar e experimentar, por exemplo, em empresas mais conservadoras em sua configuração operacional, pouco abertas planejamentos mais ousados.

Cada talento também deve tomar para si próprio a responsabilidade e proatividade de integração neste novo ambiente, não esperando essa iniciativa da contratante. Tome a frente e mostre o interesse de fazer parte deste lugar, até mesmo para que tenha mais chance de estreitar relação com os outros membros e a dinâmica de trabalho.

A idade deixou de ser, há muito tempo, um fator determinante na aposentadoria de um profissional. Sua experiência, sabedoria e maturidade são características valiosas que tendem a beneficiar empresas de todos os portes e segmentos – desde que também reconheçam e valorizem esse empenho. Aquelas que estiverem verdadeiramente abertas a integrarem esses talentos seniores, certamente, terão muito mais chance de construir um time diverso que, juntos, façam da marca uma referência competitiva.

Fonte: Ricardo Haag

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