ADÃO RIBEIRO
Que a população faça avaliação com calma e com a cabeça sem preconceito. A citação é de Beto Vizzotto, prefeito de Paraíso do Norte, integrante da coordenação de campanha do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva, que concorre no segundo turno com o atual ocupante do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro.
Ele sugere uma comparação entre o que foram os dois mandatos de Lula e o que está sendo o mandato de Bolsonaro. Para Vizzotto, prefeito eleito por três mandatos, Lula deu apoio à agricultura (sobretudo para a agricultura familiar). Também combateu a miséria, como nunca existiu na história brasileira.
Responsável por programas municipais de segurança alimentar em Paraíso do Norte, Vizzotto se mostra indignado com os números que apontam 33 milhões de pessoas passando fome atualmente no Brasil.
Também pede que o eleitor de Paranavaí e região analise quem tem mais condições de fazer o Brasil ser respeitado no exterior. Interpreta que o País precisa recuperar a política externa. “Hoje tem boicote na Europa por política ambiental, desmatamento, falta de cuidado com os indígenas”, avalia.
Ele ainda cita outras áreas sensíveis, incluindo educação e saúde. Na área da educação, defende, Fernando Haddad foi o melhor ministro da história, promovendo a inclusão de negro e pobres, ampliando a merenda, entre outras ações para avançar no desenvolvimento de crianças e jovens.
Sugere que a população esqueça o que considera mentiras propagadas pelos adversários, as chamadas fake news. Refere-se ao que é divulgado sobre política para mulheres e pautas de costumes. Lembra que o ex-presidente Lula é cristão, casado e que defende valores da família. “O Congresso é quem vai definir esses temas sobre o que pensa a sociedade”, resume, complementando que a eleição trata sobre quem é o mais preparado. “Lula diz que não vai governar o Brasil, mas, sim, cuidar do povo”, conclui.
César Alexandre – Também coordenador regional da campanha petista, César Alexandre pede que a comunidade faça uma análise sem preconceito. Sobre religião, um dos temas mais sensíveis da campanha, o líder sugere uma reflexão sobre o que fala o papa Francisco, preocupado com a valorização da vida.
E complementa pedindo comparação entre os mandatos de Lula e o governo atual. “Como esse governo tratou a vacina? Tenho parente que morreu de Covid por falta de vacina. Quase 400 mil mortes poderiam ser evitadas. Sem contar o deboche, chamou a doença grave de gripezinha. Lula fez e cuidou das pessoas, dos jovens, dos pobres e negros, garantindo acesso à universidade, por exemplo.”
Na área de saúde, cita o Samu – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – e unidades básicas por toda a região, implantados por Lula. Na habitação, desafia os adversários a verem quem fez mais que Lula. E reforça: Paranavaí, por exemplo, nunca teve tanta habitação popular como nos mandatos de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff. “Lula é o voto da esperança, da democracia”, sintetiza.
Mauro Lemos – Prefeito de Amaporã no terceiro mandato, Mauro Lemos avalia que é preciso mostrar que Lula pode fazer o melhor para os pobres. “Amaporã vai voltar a ter casa popular a custo zero ou com valor baixo, que dê para pagar”, afirma. Também defende que Lula significa mais merenda nas escolas e investimentos na educação.
Lemos lembra que é do agronegócio e quem mais ajudou a desenvolver o setor foi o ex-presidente Lula, abrindo mercado no exterior, facilitando financiamentos e outros atrativos para o agricultor.
Ele também se dirige aos evangélicos para que procurem saber a verdade e não “as mentiras espalhadas”. O prefeito opina que Lula só ajudou. E exemplifica lembrando a Marcha para Jesus, sancionada pelo então presidente. Conclui com uma das marcas da campanha petista: “A esperança vai voltar para o Brasil, vai vencer o medo”.
Otimistas, Vizzotto, Alexandre e Lemos entendem que Lula foi o grande vitorioso do primeiro turno, abrindo mais de seis milhões de votos de vantagem. O segundo turno, entendem, é a oportunidade para avaliar quem tem o melhor projeto para o Brasil.
Os líderes da oposição ao presidente Bolsonaro criticam a falta de transparência, incluindo o chamado orçamento secreto. Em síntese: debater propostas para o povo brasileiro superar o que consideram momento de dificuldade econômica, falta de empregos e de oportunidades.
Vizzotto também adverte que Lula não foi vencedor apenas no Nordeste. Ganhou o primeiro turno na cidade de São Paulo e em Minas Gerais, o terceiro maior colégio eleitoral do País.
Além do mais, argumentam, Bolsonaro fez cortes de recursos em todas as políticas públicas, incluindo farmácia popular, habitação, merenda escolar e serviços de saúde.
Beto Vizzotto e Mauro Lemos apontam também o desempenho de suas administrações em Paraíso do Norte e Amaporã, respectivamente. A entrevista completa com os coordenadores está disponível no site do DN: www.diariodonoroeste.com.br.