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De janeiro a maio deste ano, os municípios do Noroeste do Paraná contabilizaram 769 internações hospitalares
Foto: Arquivo DN
De janeiro a maio deste ano, os municípios do Noroeste do Paraná contabilizaram 769 internações hospitalares Foto: Arquivo DN

SAÚDE

Condições do tempo favorecem aumento de casos de síndromes gripais e internações hospitalares

REINALDO SILVA

Da Redação

De janeiro a maio deste ano, os municípios do Noroeste do Paraná contabilizaram 769 internações por síndrome respiratória aguda grave. Entram nessa classificação infecções das vias aéreas superiores, influenza, pneumonia, bronquite aguda, bronquiolite aguda e outras doenças respiratórias. Abril foi o mês com maior concentração, totalizando 202 internações.

Considerando os cinco primeiros meses de 2024, Loanda lidera a lista de municípios com maior número de hospitalizações, 232. Alto Paraná aparece na segunda colocação com 153. Paranavaí surge na sequência com 190.

Os números são do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), ainda sem informações de junho e julho, mas o salto no volume de internações pode ser grande em razão das condições do tempo. 

A enfermeira da Seção de Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde Patrícia Okubo explica que o tempo seco pode causar desidratação e deixar o organismo mais suscetível aos problemas respiratórios. Em Paranavaí, o último período de estiagem se estendeu de 27 de maio a 7 de julho, ou seja, 40 dias sem registro de precipitação.

Uma rápida comparação dos dados da Unidade de Pronto Atendimento de Paranavaí pode dar a dimensão do avanço das síndromes gripais. A conta a seguir considera apenas os pacientes que apresentaram sintomas e não as hospitalizações.

De 31 de março a 27 de abril, a UPA de Paranavaí registrou 730 casos. O período seguinte trouxe crescimento de 63%: de 5 de maio a 1º de junho, foram 1.195 confirmações de síndromes gripais. De 2 a 29 de junho, 1.818, ou seja, 52% a mais que no recorte anterior.

Um fato emblemático gerou comoção em Paranavaí nos últimos dias. Elisa Hanely Niehues, de apenas 4 anos e meio, foi diagnosticada com gripe H1N1 em 27 de junho, após exame realizado na Santa Casa. Com o agravamento do quadro clínico, ela foi transferia para o Hospital Bom Samaritano, em Maringá, onde ficou internada desde então na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A menina enfrentou uma série de complicações graves. Além de pneumonia, sofreu hemorragia interna e queda acentuada nas plaquetas, o que exigiu transfusões de sangue. A infecção também afetou os rins, sendo necessário fazer sessões de hemodiálise. Elisa morreu na última quinta-feira (11). 

Foto: Arquivo DN

FRIO

Desde 7 de julho, as temperaturas sofreram queda significativa em todo o Paraná. Em Paranavaí não foi diferente. Os registros meteorológicos indicam que a mínima chegou a 9,9°C na quarta-feira (10) e 10,9°C na quinta-feira (11). 

O cenário pode alavancar os casos de síndromes respiratórias. “Com o frio, os vírus se dissipam mais no ambiente, favorecendo que as pessoas contraiam”, afirma a enfermeira Patrícia Okubo. 

Ela dá dicas de como prevenir os sintomas gripais. “Alimentar-se adequadamente, descanso, hidratação, se agasalhar no frio e tomar a vacina da gripe, disponível nas UBSs [unidades básicas de saúde].”

A vacina fortalece o sistema imunológico, combatendo os principais tipos virais, caso da H1N1. Via de regra, o organismo da pessoa vacinada se defende com mais facilidade e não apresenta complicações da doença, o que interfere diretamente no número de internações e mortes.

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