Após dois meses de queda e estabilidade em novembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) mostrou avanço em dezembro, com aumento de 50,4 pontos para 51 pontos percentuais. De acordo com a pesquisa, a questão pode ser atribuída por uma avaliação menos negativa das condições atuais da economia brasileira e das empresas. Foram consultadas 1.356 indústrias brasileiras, entre os dias 1 e 7 de dezembro.
O levantamento também mostra o Índice de Expectativas, que alcançou 53,1 pontos, indicando otimismo da indústria para os próximos seis meses. No entanto, segundo a CNI, o otimismo dos empresários está restrito às suas próprias empresas (índice de 56,5 pontos), enquanto o pessimismo em relação ao futuro da economia brasileira persiste (índice de 46,3 pontos).
Na região do Grande ABC, a Maximu’s Embalagens Especiais, por exemplo, está confiante quanto à movimentação do setor industrial. A fábrica de embalagens plásticas de proteção, instalada em Ribeirão Pires, prevê encerrar 2023 com volume em linha em relação a 2022, após crescimento na ordem de 30% de 2021 para 2022. “Tivemos um ano aquecido, mantendo o nível de atividade muito próximo do realizado em 2022 e que já foi de grande incremento frente a 2021. Fizemos investimentos em novos equipamentos para otimizar a produção e estamos confiantes que, em 2024, a indústria brasileira atuará com ainda mais fôlego”, fala o diretor da Maximu’s Embalagens Especiais, Marcio Grazino.
Grazino ressalta as expectativas para a execução de ações que culminem na redução da taxa de juros, um dos principais entraves para o crescimento da indústria nacional. “As taxas de juros elevadas inibem a atividade econômica e, por consequência, a industrial. Esperamos que em 2024 essa questão tenha olhar especial para que a indústria se fortaleça e desempenhe todo o potencial que tem”, conclui.