Até o dia 31 de maio, mais de 34 milhões de brasileiros precisam entregar a declaração do Imposto de Renda. A lista de quem precisa declarar é grande, e foi pensando neste público que Eduardo Trigueiro, educador financeiro do Sicoob, separou algumas dicas para não cair na malha fina e, caso haja dinheiro a ser restituído, que ele seja usado de uma forma mais consciente.
Pessoas que tiveram rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 no último ano; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, tendo a soma superior a R$ 40 mil; teve a receita bruta superior a mais de R$ 142.798,50 mil em atividade rural; entre outros fatores que podem ser conferidos no site da Receita Federal, precisam declarar o Imposto de Renda em 2022.
Para que não haja risco de cair na malha fina, Trigueiro separou algumas orientações: “A dica principal é se antecipar. É importante organizar ao longo do ano, sendo em pasta ou planilha, todos os comprovantes que são necessários na hora da declaração.”
Um dos principais problemas que podem levar à malha fina é a omissão de rendimentos. Portanto, fique atento aos aluguéis (se tiver), rendimento dos dependentes, investimentos na Bolsa de Valores e, no caso dos cooperados, também é necessário declarar o valor recebido das sobras.
“As cooperativas do Sicoob costumam distribuir sobras anualmente para seus cooperados. Esse valor precisa ser declarado, independentemente da quantidade. Já vi, inclusive, pessoas caindo na malha fina por isso”, ressalta o educador financeiro.
Por fim, analise o informe de rendimentos. O comprovante entregue pelo empregador pode vir com erros, então conferir bem todas as documentações antes de declarar é um dos fatores mais importantes.
Valor da restituição: o que fazer? Muitas vezes, esse valor é considerado “inesperado” pelos contribuintes. Por isso, Trigueiro separou também algumas dicas do que fazer com o dinheiro a receber de forma consciente:
Pague as contas em atraso: a prioridade sempre deve ser o pagamento de dívidas, principalmente aquelas que tenham juros altos e que podem render renegociações com valores mais acessíveis;
Faça uma reserva de emergência: comece uma reserva de emergência para futuras intercorrências;
Faça investimentos: se estiver financeiramente estável, faça investimentos. Pesquise as taxas atrativas e invista o dinheiro. Hoje, com a Selic alta, até a renda fixa se tornou uma alternativa viável!