O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) visitou, nesta segunda-feira (27), a instituição de saúde que teria vazado informações da atriz Klara Castanho. Em nota, a entidade diz que aguarda liberação de documentos internos para prosseguir com a apuração dos fatos e identificação dos envolvidos.
A artista de 21 anos revelou neste fim de semana que foi vítima de um estupro, ficou grávida e entregou a criança para a adoção após o nascimento. Ela relatou que, ainda sob o efeito da anestesia do parto, uma enfermeira a ameaçou com o vazamento da sua situação. “No dia em que a criança nasceu, eu, ainda anestesiada do pós-parto, fui abordada por uma enfermeira que estava na sala de cirurgia. Ela fez perguntas e ameaçou: ‘Imagina se tal colunista descobre essa história’. Eu estava dentro de um hospital, um lugar que era para supostamente para me acolher e proteger”, escreveu Klara em seu Instagram.
O Coren-SP diz que apura uma possível infração ética praticada por uma profissional que teria vazado as informações referentes à atriz. Em nota divulgada nesta terça-feira (28), a entidade pede cautela, “ainda que a sociedade aguarde respostas imediatas para o caso”. Klara Castanho se pronunciou sobre o caso após a apresentadora Antonia Fontenelle, que, mesmo sem citar o nome da atriz, descreveu sua situação em detalhes nas redes sociais. “Parir uma criança e não querer ver e mandar desovar por acaso é crime, sim. Só acha bonitinho essa história de adoção quem nunca foi a um abrigo”, escreveu a pré-candidata a deputada federal no Instagram. “O nome disso é abandono de incapaz.”
A atriz foi a público responder às acusações e publicou uma carta aberta em duas redes sociais. Após a exposição pública da história, vários artistas manifestaram apoio a ela, como Ana Maria Braga, Taís Araújo e Giovanna Antonelli.
Leia, abaixo, a íntegra da nota:
“Em relação ao suposto vazamento de informações sigilosas por profissional de enfermagem, o Coren-SP informa que compareceu à instituição de saúde na última segunda-feira e aguarda liberação de documentos internos para prosseguir com a apuração dos fatos e identificação dos envolvidos.
Ainda que a sociedade aguarde respostas imediatas para o caso, é necessário ter cautela para que não haja descumprimento aos ritos formais nem a propagação de mais informações sigilosas, preservando principalmente a vítima dessa situação delicada.
O Coren-SP continua atento ao desdobramento do caso e prezando pela segurança na assistência à população e pela ética e humanização no exercício profissional da enfermagem.”
FolhaPress