DANIELE MADUREIRA
DA FOLHAPRESS
Mais compras em supermercados, menos pedidos no delivery, maior consumo de fast food, de aluguel de roupas de festa, de câmeras e microfones, além de mais consultas em oftalmologistas. Estes são alguns destaques do segundo trimestre de 2022 segundo a pesquisa Análise do Comportamento de Consumo do banco Itaú, divulgada nesta terça-feira (16).
O levantamento leva em conta as operações feitas com cartões de crédito e débito dos clientes Itaú, assim como os valores movimentados nas maquininhas da marca Rede, que pertence ao banco.
Na opinião de Mário Miguel, diretor de cartões do banco Itaú, os dados refletem o momento híbrido do consumo: mais consumidores nas ruas reativam as vendas em lojas físicas (alta de 28% em valor), embora o consumo online continue crescendo pela comodidade (avanço de 43%).
“Com mais gente no presencial, o consumo de delivery cai [recuo de 26% em valor] e o de fast-food sobe [56%]”, diz Miguel. Ou seja: quem volta para o presencial está optando por uma comida mais barata.
Ao mesmo tempo, as compras em supermercados cresceram 23% em valor, embora o tíquete médio tenha caído 2%. No período, as compras parceladas nos supermercados avançaram 4%. “O consumidor tem variado o número de pontos de vendas, possivelmente em busca de promoções e melhores preços”, diz Miguel.
Pix já empata com débito – O Pix como opção de pagamento já empata com o débito, segundo o Itaú: 12% de participação para cada modalidade. Já o crédito representa 76% dos pagamentos.
A pesquisa apontou ainda um crescimento de 193% no valor transacionado para os cartões virtuais e 136% nas carteiras digitais. “É a consolidação da tendência de digitalização das formas de pagamento, inclusive em busca de maior segurança”, diz ele.
O retorno das festas tem aquecido o mercado de aluguel de roupas: alta de 161% em valor. Já o home office em alguns dias da semana e o maior consumo por parte dos gamers garantem o aumento de 82% das vendas de câmeras e microfones.
“O consumo de telas durante a pandemia, por sinal, está cobrando a conta agora: houve alta de 73% no total de pagamentos a oftalmologistas e de 21% em óticas”, afirma Miguel.
O levantamento indicou ainda uma disparada de 287% no valor transacionado no turismo internacional, com destaque para os Estados Unidos (participação de 26%).