GABRIEL CARNEIRO
SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – Falta menos de um ano para o pontapé inicial da Copa do Mundo do Qatar e aos poucos informações importantes sobre a competição são divulgadas pelos organizadores. Uma das mais esperadas é sobre venda de ingressos, porque o país espera entre 1,2 e 1,5 milhão de visitantes entre novembro e dezembro de 2022.
Embora ainda não tenham sido anunciados mais detalhes sobre as entradas populares -apenas camarotes vêm sendo comercializados-, o país já prepara a parte logística para recepção de torcedores. Está em teste durante a Copa Árabe o “Fan ID”, chamado no Qatar de “Hay’Ya Card”, que é uma espécie de cartão de identificação para quem for acompanhar os jogos.
Neste “RG do torcedor” há uma série de informações, como nome completo, nacionalidade, número do passaporte ou do documento de identificação do país e foto, além de um número personalizado para cada torcedor e data de validade do cartão. Para acessar os estádios durante a Copa Árabe é necessário esse Fan ID e também o aplicativo de celular “Ehteraz”, que é uma espécie de passaporte sanitário requerido em todos os estabelecimentos do país. Ele mostra se a pessoa está vacinada e testada contra covid-19.
Na Copa Árabe, apenas torcedores vacinados puderam acessar os estádios, o que deve se repetir na Copa do Mundo de 2022.
Além de todas as informações de identificação, o Fan ID também é um passe livre para uso do metrô de Doha. Basta passá-lo no leitor para liberar a catraca, sem necessidade de compra de bilhetes.
Esse tipo de transporte será incentivado pela organização durante a Copa do Mundo, já que foi construído justamente para o evento. O metrô da capital qatari foi totalmente concluído em setembro de 2020 e conta com estações que dão acesso aos estádios e a todos os pontos turísticos importantes do país.
É essa facilidade que faz os organizadores do Mundial acreditarem que os torcedores poderão assistir a mais de um jogo por dia em 2022, como diz Nasser Al Khater, presidente do comitê organizador da Copa do Mundo.
São três linhas: dourada, vermelha e verde -e todas as estações têm o mesmo design. Os trens não têm condutores, são pilotados por um sistema de inteligência artificial. Em alguns vagões, por sinal, há assentos que permitem a visualização da linha por onde passam os trens durante a viagem. Também não existem guichês para compra de bilhetes, que é feita de maneira automatizada por meio de créditos num cartão. Durante a Copa Árabe, por causa da grande quantidade de estrangeiros no país, havia pessoas responsáveis pelo atendimento, mas de maneira excepcional.
O bilhete custa 2 rial (aproximadamente R$ 3) e para andar por um dia inteiro são 6 rial (menos de R$ 10).
VAGÕES PARA A “FAMÍLIA”
A lógica de ocupação dos vagões também é diferente do que acontece no Brasil, com uma orientação específica para gênero. Há trens para passageiros “padrão” -no caso, para homens- e trens para “família”, onde embarcam mulheres sozinhas e homens ou mulheres com crianças.
A reportagem do UOL acompanhou presencialmente o jogo Mauritânia x Emirados Árabes no Estádio 974, pela Copa Árabe, a convite do Comitê Supremo para Entrega e Legado, órgão que organiza a Copa do Mundo de 2022. O deslocamento da porta do hotel no bairro de West Bay até a porta do estádio de metrô durou uma hora, com uma baldeação e duas curtas caminhadas. No retorno, a equipe formada por um repórter homem e uma cinegrafista mulher foi conduzida ao embarque no vagão para famílias, que é isolado do restante e tem filas rápidas.
O Qatar oferece outras opções de transporte, como linhas de ônibus, táxis e carros de aplicativo, mas o trânsito em Doha costuma ser intenso.
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