REINALDO SILVA
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O verão concentra a maioria dos casos de afogamento no Paraná. Das 950 ocorrências ao longo deste ano, 795 foram registradas de 1º de janeiro a 31 março e de 1º a 28 de dezembro. O segundo tenente do Corpo de Bombeiros de Paranavaí Gabriel Vinícius Medeiros Oliveira explica que durante os meses mais quentes, cresce o número de banhistas em praias de água doce e na faixa litorânea, além do uso mais frequente de piscinas domésticas e em clubes de lazer.
Uma prática perigosa é o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e de outras substâncias que afetam a coordenação motora e os reflexos. A ingestão também pode comprometer a percepção de limites e levar a atitudes que colocam a própria vida e a de outras pessoas em risco.
Manter os devidos cuidados é essencial para evitar acidentes. Oliveira ensina que o nível da água não pode ultrapassar a altura da cintura. Acima disso, o banhista pode ter dificuldades para se movimentar e voltar à orla. Vale a premissa: água no umbigo, sinal de perigo.
No mar ou nos rios, a recomendação é que os visitantes fiquem sempre perto de postos de guarda-vidas. Assim, se houver casos de afogamento, ação de salvamento será mais rápida e efetiva. Bombeiros militares e civis recebem treinamentos específicos para fazer a retirada de pessoas que se acidentam na água. O segundo tenente de Paranavaí destaca que os pontos sinalizados com bandeiras pretas não são protegidos por guarda-vidas.
Atenção às delimitações. Nas prainhas do Noroeste do Paraná, as áreas de banho são restritas aos locais onde as correntes de água são menos intensas. Quem ultrapassa os limites se expõe ao risco de ser levado pela força do rio e não conseguir voltar. No mar também existem demarcações específicas. Já nas piscinas, a orientação é ficar longe dos ralos de sucção.
Crianças requerem cuidados especiais. Mesmo que estejam protegidas com materiais flutuantes, devem ser supervisionadas de perto por adultos. O tempo todo. A indicação é que a distância máxima seja correspondente ao comprimento do braço do acompanhante, para que consiga resgatar a criança rapidamente em caso de afogamento.
Oliveira ressalta que condutores de embarcações e jet-skis também têm responsabilidades. Precisam estar devidamente habilitados e com a documentação do veículo em dia. O uso de colete é obrigatório, e as manobras perigosas e alta velocidade são fatores de risco. Os acidentes nas prainhas do Noroeste do Paraná não são frequentes, mas o comportamento imprudente é comum. “A colisão pode causar traumas graves e até levar a óbito.”
O segundo tendente enfatiza: em qualquer situação de acidente, o Corpo de Bombeiros precisa ser acionado o mais breve possível. Presencialmente, o guarda-vidas civil ou o bombeiro militar tomará as medidas imediatas de salvamento. Por telefone, dará as devidas instruções e destacará uma equipe de resgate.