Ana Cecília com supervisão de Cibele Chacon
Na tarde desta quinta-feira (24), a Guarda Municipal de Paranavaí resgatou um menino de quatro anos preso na porta giratória de uma agência do Banco do Brasil, localizada no Centro da cidade. O caso aconteceu quando a criança, acompanhada de sua mãe, Arlete Freitas, se afastou momentaneamente enquanto ela utilizava o caixa eletrônico. Preocupada com a situação, a mãe tentou retirar o menino, mas a porta travou, dificultando o acesso e deixando a criança presa.
Arlete relatou o episódio com apreensão. “Acho que não deu nem 10 segundos, 20 segundos, o Pedro se distanciou de mim. Eu o escutei chamando meu nome e um clique, aí fui olhar, ele estava preso na porta giratória”, contou a mãe.
“Tentei de todas as formas tirar ele de lá, procurei números, interfone, algum botão, e nada. Liguei para os bombeiros, mas não atenderam. Então liguei para a Polícia Militar. No começo eles acharam que era um trote, mas ouviram o Pedro chorando ao fundo e pediram o meu número, avisando que uma viatura estava a caminho”, explicou Arlete.
Apesar do chamado, com a demora da equipe, a mãe observou que o menino começou a apresentar sinais de crise, com dificuldade para respirar, em meio ao nervosismo e ao choro. Em busca de mais alternativas, uma senhora presente sugeriu que Arlete ligasse para a Guarda Municipal, que rapidamente respondeu ao pedido de socorro. “Em menos de cinco minutos, eles chegaram e analisaram a porta para ver como poderiam destravar. Durante todo o tempo, os guardas foram atenciosos, conversando com o Pedro e até prometeram um sorvete”, relembra Arlete.
Para tranquilizar a criança, um dos agentes trouxe o prometido sorvete e se sentou ao lado do menino, mantendo um diálogo que ajudou a diminuir a tensão. Sem conseguir destravar a porta de imediato, os agentes tentaram alternativas e contactaram outras autoridades para garantir a segurança da criança. “Eles falaram para a gente não se preocupar, porque ia ficar todo mundo ali até o Pedro sair. Um deles tentou desparafusar a porta para ver se conseguia tirar ele lá de dentro, mas também não deu certo, porque as partes são bem resistentes, são coladas”, detalhou a mãe, emocionada com o apoio que recebeu.
A corporação não informou o tempo exato do resgate, mas a mãe estima que o menino tenha ficado mais de duas horas preso na porta. Segundo Arlete, chegaram por volta das 19h50h e saíram depois 21h10, quando finalmente acionaram a gerente do banco e, em seguida, os vigilantes com a chave para destravar a porta.
A mãe relatou que, mesmo após o resgate, o trauma foi inevitável para o menino. “Ele disse que nunca mais quer entrar num banco e que, quando eu precisar ir a um, ele quer ficar com o pai dele”, disse.
Após o episódio, Arlete agradeceu aos profissionais envolvidos, incluindo a gerente da agência que, ao ser acionada, rapidamente mobilizou a equipe para liberar o acesso. “Ela foi um amor de pessoa, só que eu saí tão atordoada de lá que nem pedi o nome de ninguém”, concluiu.
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