Campanha Paraná Rosa, iniciada em outubro, se prolonga até o fim do ano. Um convite à reflexão sobre a saúde integral da mulher em todas as fases da vida
No Paraná, elas vivem mais, em média 82,6 anos, enquanto os homens têm expectativa de 75,8 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Viver mais é uma conquista, mas também um convite ao cuidado. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), tem intensificado ações que promovem a autonomia, a prevenção de doenças e o bem-estar das idosas.
Uma dessas ações é a campanha Paraná Rosa, iniciada em outubro e que nesta edição se prolonga até o fim do ano, voltada não só à prevenção do câncer, mas um convite à reflexão sobre a saúde integral da mulher em todas as fases da vida.
A longevidade feminina traz vulnerabilidades específicas. Mulheres idosas apresentam mais prevalência de condições crônicas, como osteoporose, hipertensão, diabetes e depressão. Também estão mais suscetíveis à fragilidade física, dependência funcional e aos riscos associados à polifarmácia (uso simultâneo de cinco ou mais medicamentos).
Elas também enfrentam demandas específicas relacionadas à saúde mental como solidão, ansiedade e luto e requerem cuidados integrais voltados à sexualidade, incontinência urinária, nutrição e saúde óssea.
“O aumento da expectativa de vida das mulheres paranaenses é motivo de orgulho, mas também um chamado à responsabilidade. Nosso papel é transformar esses anos a mais em qualidade de vida e cuidado” ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A Linha de Cuidado à Pessoa Idosa da Sesa, que desenvolve o projeto “Envelhecer com Saúde no Paraná”, visa a atenção integral à mulher idosa com foco na prevenção de doenças, identificação precoce de fragilidades e manejo das condições de saúde. A estratégia utiliza a Caderneta de Saúde como ferramenta para avaliação e planejamento de atendimentos personalizados.
Atendimento capacitado – A violência contra a mulher idosa ainda é uma realidade silenciosa. Ela se manifesta de várias formas: física, psicológica, patrimonial e também nas sutilezas do idadismo, quando o direito à decisão e à liberdade é negado. Para romper esse ciclo, a Secretaria de Saúde tem investido na capacitação de profissionais, no fortalecimento da escuta humanizada e na notificação dos casos de violência.
De acordo com a chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa Sesa, Giseli da Rocha, reconhecer essas mulheres é parte do compromisso com a saúde integral e o respeito à trajetória de quem já cuidou de tantos. “Alimentação equilibrada, atividade física, vínculos sociais e consultas regulares são pilares fundamentais para manter a autonomia e evitar a dependência, especialmente, as mulheres acima dos 75 anos”, explicou.
































