Com a chegada do outono, fenômenos climáticos como a neblina tornam-se mais frequentes, especialmente durante as primeiras horas da manhã e à noite. Essa condição reduz significativamente a visibilidade nas estradas, aumentando o risco de sinistros de trânsito.
Ao enfrentar neblina, é fundamental que os condutores reduzam a velocidade e mantenham uma distância segura do veículo à frente. Essa prática oferece mais tempo de reação diante de qualquer imprevisto. Além disso, é essencial utilizar corretamente os sistemas de iluminação do veículo: os faróis baixos devem estar sempre acesos nessas condições, conforme determina o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O uso de faróis altos é desaconselhado, pois a luz pode refletir nas partículas de água suspensas no ar, causando ofuscamento e piorando a visibilidade.
O CTB, em seu artigo 40, estabelece que o condutor deve manter acesos os faróis baixos durante a noite e durante o dia em túneis providos de iluminação pública e nas rodovias. Além disso, o artigo 250 considera infração média deixar de manter acesa a luz baixa de dia, em túneis e sob chuva, neblina ou cerração, sujeitando o infrator a multa.
Outro ponto crucial é evitar paradas no acostamento durante a neblina, pois isso aumenta o risco de colisões. Se a visibilidade estiver extremamente comprometida, o ideal é procurar um local seguro, como um posto de combustível ou área de descanso, para aguardar a melhora das condições climáticas.
Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da Perkons, ressalta que a atenção e a prudência são fundamentais ao dirigir sob neblina. “A neblina é uma das condições climáticas mais desafiadoras para os motoristas, e o ideal é não conduzir exposto a ela. Como a vida real não permite, muitas vezes, essa escolha, a direção defensiva é mais que essencial. Comportamentos responsáveis e conscientes salvam vidas, com e sem neblina na estrada”.