Com apoio da Prefeitura de Rondon, o cultivo de moranguinhos vem crescendo ano após ano e já se encontra entre as principais atividades econômicas do munícipio. Em 2023, a cultura tem gerado emprego e renda de forma direta para 26 agricultores familiares.
Entre os principais produtores de morango na cidade está o casal Osmir Borges, 57 anos, e Cleonice Borges, 50 anos. Os dois plantaram cerca de 40 mil mudas em 2023. “Já chegamos a ter 70 mil pés de moranguinhos”, disse o agricultor.
Casados há 30 anos, Osmir e Cleonice já cultivam morango há aproximadamente 18 anos. Eles contam com a ajuda dos filhos Jaqueline Borges, 24 anos, e Eduardo Borges, 29 anos em todo o processo da safra. “Cada um tem sua função. Nunca ficamos sem entregar um morango”, afirmou Cleonice.
O casal relembra das dificuldades que passou quando decidiu plantar os primeiros morangos. Sem muito conhecimento técnico eles perderam toda a safra no primeiro ano. Mas com o passar dos anos foram buscando novas formas de manejo e hoje vivem dessa cultura e da plantação de bata doce.
Além das buscas pelo aperfeiçoamento, Osmir e Cleonice destacaram o apoio que os produtores recebem da prefeitura. O munícipio subsidia 100% do preparo do solo, da confecção dos canteiros e do acompanhamento técnico. “Isso para o produtor é muito importante”, relatou a agricultora.
As produções da família Borges e de outros agricultores no munícipio são destinadas a redes de supermercados e indústrias da região.
O prefeito de Rondon, Roberto Corredato, falou sobre a importância do cultivo de morango no munícipio. “Cultura que tem gerado muito emprego e renda para as famílias. E já chegou a movimentar até R$ 7 milhões na economia.”
Ele também afirma que o apoio prestado aos produtores tem por intuito manter as famílias no campo e através da agricultura elas podem ganhar suas rendas. Rondon já chegou a ter mais de 35 produtores de morango, nove a menos que atualmente.
Secretário de Agriculta e Meio Ambiente de Rondo, Roberto Scaraboto diz que por meio desse apoio do munícipio, alguns jovens que estavam em outras atividades nas cidades estão retornando para o plantio de morango.
Com cerca de 16 hectares de plantados, a expectativa é de que a safra de 2023 movimente mais de R$ 2 milhões na economia local.
Os valores poderiam ser ainda maiores se não fosse a grande perda de mudas no início do plantio no mês de janeiro. A expectativa era cultivar de 800 mil a 1 milhão de plantas, mas o alto volume de chuvas fez a estimativa cair para cerca de 500 mil. Em safras anteriores, a cultura já chegou a movimentar até R$ 7 milhões.
O engenheiro agrônomo Júlio Cesar da Silva Urbano explica que a cultura do morango é favorável em clima frio e seco. Sua irrigação é feita próxima da raiz por meio da fertirrigação, formato que já distribui água e fertilizantes para as mudas.
Apesar das perdas no início do plantio, as expectativas continuam altas para a safra deste ano. O clima tem sido um grande aliado na colheita que se iniciou no fim do mês de junho. “Cada pé deve produzir aproximadamente 1 kg de morango”, disse o engenheiro agrônomo.
Ele também explica que essa cultura se adaptou bem em Rondon pelo fator climático e solo da região, que é arenoso e friável e drena mais a água. A produção em pequenas áreas da forma como é feita no munícipio facilita a diversidade, pois os produtores podem fazer rotação com outras culturas, além da boa rentabilidade na hora da colheita.