Novembro é um mês especial para as engenharias. Isso porque, durante o mês, três profissões são homenageadas: engenheiros eletricistas, no dia 23; e engenheiros e técnicos de segurança do trabalho, no dia 27.
Embora diferentes, as três profissões se correlacionam, principalmente no que diz respeito aos objetivos que possuem em comum. Segundo a engenheira eletricista Luana Veber, de Cascavel, um ponto de destaque da profissão que escolheu é a união constante entre tecnologia, pessoas e evolução em prol dos avanços da sociedade.
“No nosso dia a dia, até na facilidade da comunicação entre pessoas, várias atividades têm envolvimento com eletricidade, então, é uma área cujas evoluções refletem também na evolução mundial”, destaca.
Ela, que escolheu a profissão aos 17 anos, durante uma visita técnica a uma universidade, foi a primeira mulher engenheira eletricista a colar grau em Cascavel e, desde então, tem quebrado diversos paradigmas na profissão.
“É muito gratificante ter sido convidada para assumir a coordenação de cursos das áreas das engenharias e ter sido eleita como inspetora do Crea-PR”, enumera.
Quem também celebra a trajetória é Verginio Stangherlin, que acumula uma verdadeira bagagem no universo das engenharias, visto que ele é engenheiro agrônomo, engenheiro de segurança do trabalho e pós-graduado em Higiene Ocupacional, além de ter licenciatura em Segurança do Trabalho. Em meio a tantos títulos, ele garante: é a segurança do trabalho que move os seus dias.
“Logo após a minha formação em Agronomia, fui atuar com agricultura familiar em Bituruna. Lá, eu fazia o acompanhamento de projetos de agricultores familiares na área de extração de erva-mate e cultura de produção de pinus e eucalipto. Eu via os agricultores se acidentarem muito porque compravam equipamentos como motosserra e roçadeira para trabalharem no extrativismo, e as assistências técnicas e os acompanhamentos desses equipamentos não treinavam os funcionários e/ou não orientavam para comprar. Era todo mês um acidente diferente”, relembra.
Diante dessa realidade, ele decidiu fazer diferente. “Trabalho na prevenção de riscos e gestões orientando as empresas a atuarem nas áreas da segurança do trabalho para evitarem acidentes e preservarem a vida do colaborador”, explica.
Histórico – O Dia do Engenheiro Eletricista e o Dia do Engenheiro e Técnico de Segurança do Trabalho, apesar de bastante próximos, têm origens diferentes.
A primeira data foi instituída em homenagem ao Instituo Eletrotécnico de Itajubá, considerado a primeira universidade federal tecnológica do Brasil. Em 23 de novembro de 1913, a instituição passou a funcionar, fundada pelo advogado Theodomiro Carneiro Santiago, que entendia o grande potencial hidroelétrico que o Brasil possuía.
A data é comemorada no Brasil desde 2009, quando, com a promulgação da Lei nº 12.074, o Dia do Engenheiro Eletricista foi oficializado.
Já o dia 27, que celebra os profissionais engenheiros e técnicos de segurança do trabalho, tem uma origem diferenciada. Foi nessa mesma data que, em 1985, as duas profissões foram reconhecidas no País. Desde lá, grandes avanços continuam sendo decisivos para a averiguação da segurança dos trabalhadores em seus ambientes laborais.
No Paraná – Segundo dados do Crea-PR, existem, hoje, 12.206 engenheiros eletricistas e 1.386 engenheiros e técnicos de segurança do trabalho cadastrados no Conselho. Diante dos números expressivos, o presidente do Conselho, engenheiro civil Ricardo Rocha, enaltece o valor destes profissionais.
“Temos a sorte de poder celebrar as duas datas de forma bastante próxima e, assim, parabenizar os mais de 13 mil profissionais que se dedicam, diariamente, a essas áreas de atuação. Tanto a Engenharia Elétrica quanto a Segurança no Trabalho são essenciais para a vida na sociedade e é muito gratificante ver que os profissionais estão conquistando ainda mais os seus espaços e fazendo a diferença na vida da comunidade. É esse, afinal, o objetivo de qualquer profissional”, celebra Ricardo.