REINALDO SILVA
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O telefone celular toca. Um número com DDD 44 aparece na tela, mas a ligação parte do Rio Grande do Sul. Ao atender, o susto: a pessoa do outro lado da linha informa que a vítima será executada, a não ser que faça um depósito de R$ 10 mil. O delegado-chefe da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, Luiz Carlos Mânica, alerta: trata-se de um golpe.
Nos últimos dias, a equipe da Polícia Civil registrou pelos menos cinco casos como esse. O estelionatário fala o nome completo da vítima e repassa informações pessoais e até mesmo placas de veículos. Provavelmente os dados são obtidos através de postagens em perfis nas redes sociais.
O próximo passo é encaminhar um vídeo intimidador para a vítima. O golpista filma uma arma e informa que aquele será o instrumento de morte caso o valor exigido não seja depositado em uma conta bancária.
A orientação de Mânica é bloquear o número de telefone para não receber mais chamadas e quaisquer tipos de mensagem de texto, áudio ou vídeo. Ao responder às provocações do estelionatário, a vítima vai sendo envolvida cada vez mais em ameaças e situações de terror.
Depois de interromper os canais de comunicação, a vítima deve acessar o site da Polícia Civil do Paraná e registrar a ocorrência como crime de estelionato. Basta acessar www.policiacivil.pr.gov.br/BO e relatar detalhadamente a tentativa de extorsão. Isso ajuda a equipe de investigação a conhecer a forma de agir dos golpistas e direcionar as investigações. De acordo com o delegado-chefe da 8ª SDP, a Polícia Civil já está tomando as devidas providências.
