O deputado federal Tião Medeiros (PP-PR) apresentou ao ministro dos Transportes, Renan Filho, um pedido para que o Governo Federal reconsidere a duplicação da BR376, no trecho entre Paranavaí e Nova Londrina. Este é um sonho antigo da população e uma necessidade urgente dos setores econômicos que utilizam a rodovia.
Neste pedido, o parlamentar de Paranavaí encaminhou ao ministro um novo estudo de fluxo da rodovia, feito a pedido da Sociedade Civil Organizada do Paraná (Socipar), o qual indica um aumento de 98,3% no trânsito de veículos leves e pesados em relação à pesquisa de 2019 realizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A BR-376 é uma das principais rotas do agronegócio brasileiro, pois permite o escoamento de grande parte da produção agrícola dos estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Também permite que os insumos que chegam no porto de Paranaguá, principalmente fertilizantes, abasteçam esses estados grandes produtores agrícolas.
Luta pela duplicação
Em 2019, a ANTT realizou um estudo para verificar a necessidade e a viabilidade de duplicação do trecho Paranavaí-Nova Londrina da BR-376. A pesquisa registrou no ponto 1, entre Guairaçá e Nova Londrina, a passagem de 4.689 veículos e 11.770 eixos. Com este resultado, na época, o Governo Federal considerou desnecessária a duplicação do trecho, alegando que a contagem foi realizada em período de Carnaval e safra no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, o que ‘certamente teria aumentado o fluxo de veículos, por se tratar de um período sazonal’.
Empresários da região estiveram reunidos com o então ministro dos Transportes para questionar o resultado e reforçar a necessidade da duplicação da pista. Foi prometido um novo estudo, que nunca foi feito. Diante do cenário de mudanças políticas, a Socipar tomou a iniciativa e encomendou a pesquisa.
Entre os dias 10 e 16 de setembro de 2023, o fluxo de veículos leves e pesados foi de 23.351 eixos, ou seja, este resultado que demonstra um aumento de 98,3% em relação aos dados obtidos em 2019, quando foram computados 11.770 pela ANTT.
“Nós iremos retomar o debate em Brasília, agora com o ministro Renan Filho, para que o Governo fique sensível a esta demanda, que é crucial para nós. A população e os produtores necessitam de uma estrada mais segura e que atenda a pujança da região”, afirmou Tião Medeiros.