Aleksa Marques / Da Redação
Cada cidade tem uma identidade, um povo, uma história. O Paraná é formado por 399 municípios e todos têm sua particularidade, inclusive no nome. Seja de origem indígena, de personalidades, acidentes geográficos, pássaros, santos, entre outros, todos eles formam os municípios do nosso estado.
Mas, você já se perguntou por que sua cidade tem o nome que tem? O Diário do Noroeste procurou e traz para você a razão do nome dos 28 municípios da Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense, a Amunpar. Sente-se confortavelmente e adquira esse conhecimento curioso.
1- ALTO PARANÁ – Denominação dada pela Imobiliária Ypiranga, empresa dos pioneiros que fundaram o município. Alto é a designação da posição geográfica do município em relação ao Estado e Paraná da língua Tupi “Para-nã”: rio grande como o mar.
Gentílico: Alto-paranaense
2- AMAPORÃ – O nome do município é de origem indígena e significa: amá = chuva, porã= bonita, Amaporã= chuva bonita.
Gentílico: Amaporense
3- CRUZEIRO DO SUL – A denominação do município foi dada pela Companhia de Terras Norte do Paraná, em razão da projeção da constelação ‘Cruzeiro do Sul’ sobre o município.
Gentílico: Cruzeirenses do Sul
4- DIAMANTE DO NORTE – A denominação foi dada pelos primeiros povoadores da Fazenda Macuco, em virtude de terem sido encontradas pedras brilhantes no leito do córrego próximo à cidade, as quais lembravam diamantes. Hoje tem o nome de Córrego Diamante. O termo do Norte foi acrescentado para diferenciá-lo de um município do mesmo nome.
Gentílico: Diamantenses
5- GUAIRAÇÁ – Origina-se do guarani “guairacá” que significa lontra. É o nome de um cacique guarani, que em torno de 1726, se opôs a portugueses e espanhóis. O dicionarista Antenor Nascentes viu a seguinte interpretação do nome “Guairacá”: esta terra tem dono.
Há também a hipótese de ser uma homenagem ao filho de um dos pioneiros da região componente da Força Expedicionária Brasileira que morreu na Batalha de Monte Castelo, na Itália.
Gentílico: Guairaçaense
6- INAJÁ – De origem tupi “inajá”: uma das muitas espécies de palmeira ou fruto da pindoba. Consta que os primeiros moradores ao se estabelecerem na região, muitos dos quais vindos da região nordeste do país, encontraram no local uma palmeira conhecida como “Inajá” na sua zona de origem, passando a chamar o lugar que escolheram para morar com esta denominação.
Gentílico: Inajaense
7- ITAÚNA DO SUL – Origina-se do tupi “itá”: pedra + “úna”: escura, negra. Ou seja, pedra negra ou escura.
Gentílico: Itaunense
8- JARDIM OLINDA – O nome dado ao patrimônio foi homenagem à esposa de um dos fundadores da localidade de nome Olinda. Foi acrescentado o termo Jardim, para diferenciá-la da cidade de Olinda, em Pernambuco.
Gentílico: Jardinolindense
9- LOANDA – Segundo registros históricos, a empresa colonizadora de Loanda promoveu um concurso na Rádio Clube de Dracena (onde estava a sede da empresa) para as pessoas sugerirem um nome à localidade.Para quem vencesse, seria dado um lote urbano na nova cidade. O vencedor foi Lino Spinardi, que se inspirou em Luanda, capital da Angola. Os moradores então passaram a chamar de Loanda.
Gentílico: Loandenses
10- MARILENA – A região de terra fértil e propícia ao plantio de café foi desbravada por pessoas que vieram de toda a parte do País. Por grande respeito e consideração à esposa de um dos componentes da Empresa Colonizadora, foi dado o nome de Marilena ao Município.
Gentílico: Marilenense
11- MIRADOR – Segundo os colonizadores, Mirador recebeu esse nome por estar num lugar alto de vista panorâmica, onde se observa todo o horizonte.
Gentílico: Miradorense
12- NOVA ALIANÇA DO IVAÍ – Inicialmente, a região se chamava Suruquá, nome do rio que circunda o local. Anos depois, passou a se chamar Distrito Administrativo de Guaritá. A nova denominação foi de caráter simbólico, definindo o entusiasmo e união dos primeiros habitantes do município, que pretenderam fazer uma aliança, ou um pacto, em torno do ideal de progresso e bem-estar para a comunidade. Batizando assim a Nova Aliança do Ivaí.
Gentílico: Ivaiense
13- NOVA LONDRINA – O nome Nova Londrina surgiu porque os proprietários da colonizadora (Armando Valentin Chiamulera e Silvestre Dresch) eram da cidade de Londrina.
Gentílico: Nova-Londrinense
14- PARAÍSO DO NORTE – A denominação de Paraíso do Norte foi dada pelo fundador do município, devido à exuberância e fertilidade de suas terras e onde os colonizadores encontraram um verdadeiro paraíso.
Gentílico: Paraisense-do-norte
15- PARANAPOEMA – A área onde está assentada a cidade de Paranapoema pertencia aos irmãos Vitorelli, que em 1952 organizaram a Imobiliária Paranapoema, fazendo a demarcação dos lotes urbanos e rurais, lançando assim as bases de colonização da futura cidade. O nome dado à cidade é referência à Imobiliária Paranapoema.
Gentílico: Paranapoemense
16- PARANAVAÍ – Neologismo formado pela junção dos termos “Paraná” e “Ivaí”, que são os rios que circundam o município.
Gentílico: Paranavaiense
17- PLANALTINA DO PARANÁ – Planaltina do Paraná tem esse nome por estar localizada no terceiro planalto e também para ser diferente da cidade de Planaltina, em Goiás.
Gentílico: Planaltinense
18- PORTO RICO – A denominação da localidade é de origem geográfica, por estar situada às margens do Rio Paraná. Na época do desbravamento da região a pesca era uma das principais atividades de seus moradores. Ou seja, ‘Porto’ é por ser o local utilizado pelos pescadores para embarque e desembarque da pesca, e ‘Rico’, devido às riquezas aquáticas apresentadas pelo Rio Paraná.
Gentílico: Porto-riquense
19- QUERÊNCIA DO NORTE – Querência é termo de gíria gaúcha e significa lugar querido, onde se quer viver. Foi dado pelos seus primeiros colonizadores que na maior parte, vieram do Rio Grande do Sul.
Gentílico: Querenciano
20- SANTA CRUZ DO MONTE CASTELO – A denominação do município foi a união da primeira Companhia Imobiliária – Santa Cruz e de Monte Castelo, em homenagem aos pracinhas brasileiros que lutaram na Itália durante a 2º Guerra Mundial.
Gentílico: Monte-Castelense
21- SANTA ISABEL DO IVAÍ – Gentílico: Santa-isabelense ou isabelense
22- SANTA MÔNICA – O nome da cidade é uma homenagem a Mônica de Azevedo, filha de José Luiz de Azevedo, um dos proprietários da primeira indústria instalada no município.
Gentílico: Moniquense
23- SANTO ANTÔNIO DO CAIUÁ – Etimologicamente, Caiuá provém do guarani “cai” “guara”, ou seja, o que habita nos montes. Caiuá, Caaguá ou Cainguás são variantes do nome dos índios guaranis da margem esquerda do rio Paraguai. O patrimônio foi fundado pela Companhia de Terras Norte do Paraná, que traçou a planta da cidade denominando-a Santo Antônio do Caiuá.
Gentílico: Santo-antoniense
24- SÃO CARLOS DO IVAÍ – O nome da cidade vem da Fazenda São Carlos, primeiro núcleo populacional de terras situadas às margens do rio Ivaí.O termo “do Ivaí” foi acrescentado para diferenciá-lo do município já existente no estado de São Paulo.
Gentílico: São-carlense
25- SÃO JOÃO DO CAIUÁ – Alguns nomes foram cotados para a cidade: São João do Paraíso, São João do Caiuá e São João dos Bandeirantes. Finalmente, organizou-se uma comissão para tratar do assunto e, por maioria, o nome de São João do Paraíso foi escolhido. Mas descobriram que já existia uma cidade com esse nome. Os membros da Assembléia Legislativa do Estado optaram então por São João do Caiuá.
Gentílico: São-joanense
26- SÃO PEDRO DO PARANÁ – O nome anterior à implantação do Município era Fazenda São Pedro e, posteriormente, foi acrescentado o Paraná para se diferenciar da cidade de São Pedro do Estado de São Paulo. É também de origem religiosa e geográfica, em referência ao santo padroeiro do município e ao Estado da federação em que está localizado.
Gentílico: São-Pedrense
27- TAMBOARA – Tamboara, de origem Tupi, era o nome dado ao cacique de uma tribo indígena que habitava a região, o líder de uma nação.
Gentílico: Tamboarense
28- TERRA RICA – A denominação da localidade é de origem geográfica, dada pela própria companhia fundadora do município, querendo exprimir a exuberância de suas terras para a agricultura em geral.
Gentílico: Terra-riquense
As fontes de pesquisa foram: prefeituras, bibliotecas municipais, câmaras, portal do IBGE e o livro “Municípios paranaenses: origens e significados de seus nomes” de João Carlos Vicente Ferreira.