No Dia da Árvore celebramos não apenas a beleza natural que trazem para as nossas cidades, mas também reconhecemos sua importância vital para o equilíbrio no ambiente urbano. Especialmente no Noroeste do Paraná, onde as condições climáticas apresentam desafios únicos, é fundamental implementar medidas que amenizam o calor intenso da região, além de estabelecer corredores verdes que funcionam como trajetos para a fauna, conectando as áreas arborizadas.
Para assegurar o êxito da arborização urbana é necessário escolher espécies adequadas ao local de plantio.
Aqui estão algumas sugestões de árvores de pequeno e médio porte, permitindo o alinhamento com o espaço disponível e a presença de fiação elétrica nas proximidades.
Dessa maneira, podemos otimizar os benefícios das árvores nas áreas urbanas, abrangendo desde a melhoria da qualidade do ar até a criação de ambientes propícios para a fauna, levando em consideração as limitações estruturais das cidades.
ESPÉCIES DE PORTE BAIXO
Canudo-de-pito – Senna spp – Árvore popular na arborização urbana, apreciada por suas belas flores amarelas que desabrocham em abundância. Possui uma copa ampla e arredondada que oferece sombra generosa, atingindo uma altura média de 6 a 8 metros. Seu crescimento é rápido, tornando-a uma escolha eficaz para projetos de paisagismo que buscam resultados rápidos.
Dedaleiro – Lafoensia pacari – Originário da América do Sul, suas flores brancas ou rosadas em forma de funil e sua folhagem densa oferecem atrativos visuais. Atinge de 3 a 6 metros de altura com crescimento moderado e pode fornecer habitat para aves e insetos.
Escova-de-garrafa – Callistemon viminalis – Excelente escolha para arborização urbana, devido às suas flores vermelhas exuberantes que se assemelham a escovas de garrafa. Sua copa densa proporciona sombra abundante, atingindo uma altura média de 5 a 8 metros com crescimento moderado a rápido. Além disso, essa árvore atrai pássaros e insetos, beneficiando a fauna local com abrigo e alimento, tornando-a uma adição valiosa para o ambiente urbano.
Guaçatonga – Casearia sylvestris – Árvore que pode ser usada na arborização urbana devido à sua resistência e adaptabilidade. Ela apresenta uma copa densa e arredondada, atingindo uma altura média de 4 a 8 metros com crescimento moderado. Além disso, suas flores atraem polinizadores, como borboletas e abelhas.
Mulungu – Erythrina speciosa – Árvore nativa do Brasil, encontrada principalmente na Mata Atlântica. Sua utilização na arborização urbana é valorizada devido às suas flores vermelhas deslumbrantes que atraem polinizadores. Ela apresenta uma copa ampla e pode atingir uma altura média de 6 a 10 metros com crescimento moderado.
Pitangueira – Eugenia uniflora – Nativa do Brasil, é frequentemente usada na arborização urbana devido à sua folhagem densa e à produção de frutos saborosos. Com flores brancas e perfumadas, a árvore atinge uma altura de 4 a 6 metros, com crescimento moderado.
Resedá – Lagerstroemia indica – Tem origem na Ásia, mas se tornou uma árvore popular na arborização urbana em muitas regiões de clima temperado. Suas flores vistosas em tons de rosa, branco ou roxo tornam-no uma escolha estética, e sua copa arredondada oferece sombragenerosa. Ele atinge de 4 a 8 metros de altura com crescimento moderado, beneficiando a fauna urbana ao atrair polinizadores.
ESPÉCIES DE PORTE MÉDIO
Árvore-samambaia – Filicium decipiens – Originária do Sudeste Asiático, encontrou seu espaço na arborização urbana devido à sua folhagem exuberante. É assim chamada devido à semelhança de suas folhas com as folhas da samambaia, que são caracteristicamente delicadas, finamente recortadas e muito ramificadas. Atinge de 4 a 8 metros de altura com crescimento moderado.
Brinco-de-índio – Cojoba arbórea – Originária da América Central, mas também é encontrada no Brasil. Embora não seja comumente utilizado na arborização urbana, é apreciada por sua madeira resistente. Sua copa tende a ser irregular. Atinge de 5 a 10 metros de altura com crescimento moderado. O nome é uma referência às sementes desta árvore, que são pequenas, redondas e lembram a aparência de brincos, especialmente aqueles usados por algumas culturas indígenas.
Cássia-azul – Millettia dura – Nativa da China e do Sudeste Asiático, é uma árvore valorizada em áreas urbanas por sua floração exuberante de flores azuladas/roxas. De copa ampla e arredondada, atinge uma altura média de 6 a 12 metros. Seu crescimento é moderado, e suas flores atraem polinizadores, como borboletas e abelhas, proporcionando benefícios à fauna, ao mesmo tempo em que embeleza o ambiente.
Coreutéria – Koelreuteria paniculata – Originária da China, é amplamente utilizada na arborização urbana devido à sua aparência atrativa e resistência. Suas flores amarelas ou rosadas em forma de panícula criam um espetáculo visual na primavera, enquanto sua copa arredondada oferece sombra. Atinge de 6 a 10 metros de altura com crescimento moderado e pode atrair pássaros, proporcionando benefícios à fauna urbana.
Ipê-amarelo ou Tabaco – Handroanthus chrysotrichus – Originário do Brasil, e é amplamente utilizado na arborização urbana devido à sua beleza e resistência. Suas flores amarelas vibrantes desabrocham em abundância na primavera, criando um espetáculo visual. A árvore atinge de 8 a 12 metros de altura com crescimento moderado e atrai polinizadores, como abelhas e borboletas.
Ipê-branco – Tabebuia roseoalba – Originário do Brasil, e é uma escolha popular na arborização urbana devido à sua elegância e rusticidade. Suas flores brancas e delicadas desabrocham na primavera, criando uma paisagem encantadora. A árvore atinge de 8 a 15 metros de altura com crescimento moderado, pode atrair polinizadores, como abelhas e beija-flores.
Jacarandá-mineiro ou Caroba – Jacaranda cuspidifolia – Nativo do Brasil e é frequentemente utilizado na arborização urbana devido à sua madeira de qualidade e beleza ornamental. Suas flores azuis ou lilases desabrocham em cachos, criando um espetáculo visual na primavera. A árvore atinge de 10 a 15 metros de altura com crescimento moderado, e suas flores atraem polinizadores, como abelha.
Pata-de-vaca – Bauhinia variegata – Nativa da Índia, é amplamente cultivada em áreas tropicais e subtropicais, incluindo o Brasil, onde é apreciada na arborização urbana. Esta espécie apresenta ramos tortuosos e é recomendada para o plantio em calçadas largas. Suas flores rosadas lembram uma pata de vaca, dando-lhe seu nome. A árvore atinge de 6 a 12 metros de altura com crescimento moderado e pode atrair polinizadores, como abelhas e borboletas, proporcionando benefícios à fauna urbana.
(Informações prestadas por Karen Spacki – engenheira agrônoma do Comafen – Consórcio Intermunicipal da APA Federal do Noroeste do Paraná.)